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      Claudia Sheinbaum reage à agressão de Trump e promete retaliação do México aos EUA

      Presidente mexicana também rebateu acusações de alianças com o crime organizado

      Trump e Claudia Sheinbaum (Foto: Reuters)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Em resposta às tarifas e às recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acusou o governo mexicano de manter alianças com organizações criminosas, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, reagiu de forma contundente em uma publicação feita na noite de ontem.

      Sheinbaum rejeitou categoricamente as acusações, classificando-as como "calúnias" e destacou a necessidade de respeito à soberania mexicana. A líder também propôs a criação de uma mesa de trabalho conjunta para abordar questões de segurança e saúde pública entre os dois países.

      "Rejeitamos categoricamente a calúnia feita pelo governo dos Estados Unidos ao acusar o governo do México de ter alianças com organizações criminosas, assim como qualquer intenção de ingerência em nosso território", afirmou Sheinbaum.

      A presidente mexicana ainda ressaltou que, se há alguma aliança com grupos criminosos, ela ocorre nos Estados Unidos, que vendem armas de alto poder para essas organizações. "Como demonstrado pelo próprio Departamento de Justiça dos Estados Unidos em janeiro deste ano", acrescentou.

      Sheinbaum destacou os esforços do governo mexicano no combate ao narcotráfico, mencionando a apreensão de mais de 40 toneladas de drogas, incluindo 20 milhões de doses de fentanil, e a detenção de mais de dez mil pessoas ligadas a grupos criminosos nos últimos quatro meses.

      A líder criticou a falta de ação do governo norte-americano no combate ao consumo e à distribuição de drogas em seu próprio território. "Se o governo dos Estados Unidos e suas agências quisessem enfrentar o grave consumo de fentanil em seu país, poderiam, por exemplo, combater a venda de entorpecentes nas ruas de suas principais cidades, o que não fazem", afirmou.

      A presidente mexicana também apontou que a epidemia de opioides sintéticos nos Estados Unidos tem origem na prescrição indiscriminada de medicamentos autorizados pela istração de Alimentos e Medicamentos (FDA). "Como demonstrado no julgamento contra uma grande indústria farmacêutica", lembrou Sheinbaum, reforçando que o problema do consumo de drogas é uma questão de saúde pública que precisa ser enfrentada dentro dos Estados Unidos.

      Sheinbaum enfatizou que o México não busca confrontação, mas sim colaboração baseada em responsabilidade compartilhada, confiança mútua e respeito à soberania. "O México não quer confronto. Partimos da colaboração entre países vizinhos", declarou.

      A líder propôs ao presidente Trump a criação de uma mesa de trabalho com equipes especializadas em segurança e saúde pública para abordar de forma integral o combate ao narcotráfico e à violência. "Coordenação, sim; subordinação, não", ressaltou.

      A presidente mexicana também criticou a imposição de tarifas como solução para os problemas bilaterais, defendendo o diálogo como a melhor alternativa. "Não é com a imposição de tarifas que se resolvem os problemas, mas sim através do diálogo", afirmou, lembrando os recentes acordos alcançados com o Departamento de Estado norte-americano para lidar com a questão migratória.

      Sheinbaum ainda mencionou que o gráfico divulgado por Trump em suas redes sociais, mostrando a diminuição da migração, foi elaborado por sua equipe, que mantém comunicação constante com os representantes dos Estados Unidos.

      Por fim, a líder instruiu o secretário de Economia a implementar um "plano B", que inclui medidas tarifárias e não tarifárias para defender os interesses do México. "Nada pela força; tudo pela razão e pelo direito", concluiu Sheinbaum, reafirmando seu compromisso com a resolução pacífica das tensões bilaterais.

      A resposta firme e detalhada de Sheinbaum reflete a disposição do México em defender sua soberania e buscar soluções diplomáticas, ao mesmo tempo em que expõe as contradições e desafios enfrentados pelos Estados Unidos no combate ao narcotráfico e ao consumo de drogas. O desenrolar dessa disputa pode definir novos rumos para as relações entre os dois países.

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