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      Criminalidade lidera preocupações na América Latina, revela pesquisa Latam Pulse

      Estudo destaca a insegurança como prioridade para cidadãos de Brasil, Argentina, Colômbia, Chile e México, refletindo raízes históricas de desigualdade

      Silhueta de corpo marcada no chão (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - A criminalidade emergiu como a principal preocupação dos cidadãos na América Latina, conforme aponta a pesquisa Latam Pulse, realizada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg. O estudo abrangeu cinco países — Brasil, Argentina, Colômbia, Chile e México — e revelou que a insegurança pública é uma questão central para a maioria da população na região.

      De acordo com o relatório, pelo menos 75% dos entrevistados nesses países consideram os níveis de criminalidade como um fator significativo em suas decisões de voto em eleições nacionais. Além disso, menos de um quarto dos latino-americanos estão satisfeitos com o desempenho do governo em relação às políticas de segurança pública.

      A percepção de que o crime está aumentando é generalizada. Mais de 70% das populações da Argentina, Brasil, Chile, México e Colômbia acreditam que os níveis de criminalidade estão piorando.

      A desconfiança nas instituições responsáveis pela segurança é evidente. Menos de 25% dos cidadãos confiam no governo nacional para lidar de maneira eficaz com o crime, e a confiança nas forças policiais varia significativamente entre os países. No México, o número chega a ser de apenas 4% da população, enquanto no Brasil está em 20%. 

      A pesquisa Latam Pulse também destaca que a maioria dos cidadãos acredita que políticas de direita são mais eficazes no combate ao crime. No Brasil, 50% da população possui esta percepção. México e argentino possuem visão menos menos pronunciada, com 21 e 28% da população compartilhando esta visão. 

      Contexto histórico da violência na América Latina

      Essas preocupações contemporâneas estão profundamente enraizadas na história da formação dos países latino-americanos, marcada por desigualdades sociais persistentes. Durante o período colonial, sistemas de castas foram estabelecidos, classificando indivíduos com base em sua origem racial e étnica, o que perpetuou hierarquias sociais e econômicas. Esse legado de estratificação social contribuiu para a concentração de riqueza e poder nas mãos de poucos, deixando a maioria da população em condições de vulnerabilidade.

      A escravidão também desempenhou um papel crucial na construção dessas sociedades desiguais. Milhões de africanos e indígenas foram forçados a trabalhar sob condições desumanas, especialmente nas plantações, minas e obras públicas. Embora a escravidão tenha sido abolida no século XIX, suas consequências socioeconômicas persistem até hoje, manifestando-se em disparidades raciais e econômicas que ainda afetam profundamente a região.

      A concentração de terras e recursos nas mãos de uma elite também é um fator histórico que alimenta a desigualdade. No período pós-colonial, políticas agrárias frequentemente favoreceram os já privilegiados, exacerbando a marginalização das populações rurais e indígenas. Essa desigualdade estrutural criou um ambiente propício ao surgimento de atividades ilícitas e violência, à medida que oportunidades legítimas de ascensão social eram limitadas para grande parte da população.

      A urbanização rápida e desordenada nas últimas décadas também contribuiu para o aumento da criminalidade. Cidades cresceram sem planejamento adequado, resultando em favelas e bairros marginalizados com o limitado a serviços básicos e oportunidades de emprego. Essas áreas frequentemente se tornam focos de violência e atividades criminosas, perpetuando um ciclo de pobreza e insegurança.

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