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      Erik Prince, ex-Blackwater, comanda operação policial no Equador

      Presença do mercenário norte-americano em Guayaquil é celebrada por Noboa como avanço na segurança, mas levanta temores sobre soberania e militarização

      Forças de segurança do Equador em ação policial (Foto: REUTERS/Santiago Arcos)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - A presença do empresário norte-americano Erik Prince, fundador da empresa militar privada Blackwater, em uma operação de segurança no Equador, reacendeu o debate sobre a terceirização da violência e o uso de forças paramilitares em países latino-americanos. 

      No sábado (6), Prince participou de uma ação em Guayaquil, cidade marcada por índices alarmantes de criminalidade, ao lado das forças armadas e policiais do país. A informação foi divulgada pelo Ministério da Defesa e noticiada pela CNN International.

      Durante a operação, 40 pessoas foram detidas e 10 casas foram alvos de buscas. As ações ocorreram em áreas periféricas da cidade, com a presença do próprio Prince e de autoridades como os ministros Gian Carlo Loffredo (Defesa) e John Reimberg (Interior). Em publicação nas redes sociais, o Ministério da Defesa celebrou a operação como “um capítulo histórico para a segurança” do país.

      “Desde as primeiras horas da manhã, o bloco de segurança, junto com o norte-americano Erik Prince, especialista em segurança, e os ministros da Defesa, Gian Carlo Loffredo, e do Interior, John Reimberg, estiveram em território em Guayaquil, especialmente nos subúrbios, enfrentando criminosos e delineando estratégias para fortalecer as grandes ações de nossas forças de segurança”, afirmou a pasta.

      Prince, por sua vez, disse em vídeo publicado pelo governo que está no país para oferecer apoio técnico às forças equatorianas. “Estou aqui fornecendo às forças policiais e militares as ferramentas e táticas para combater eficazmente os narco-grupos”, declarou. E completou: “O objetivo é colocar os narcotraficantes em posição defensiva e fazê-los realmente temerem ser capturados”.

      A atuação do empresário ocorre semanas após o presidente Daniel Noboa anunciar uma “aliança estratégica” com Prince no combate ao crime organizado. Embora a parceria tenha sido promovida como uma resposta firme à escalada da violência no país, a presença de uma figura associada ao setor de mercenários internacionais levanta sérias preocupações quanto à soberania nacional e à legalidade do uso de forças privadas em ações de policiamento interno.

      A Blackwater, empresa fundada por Prince, ganhou notoriedade durante a ocupação norte-americana no Iraque, após episódios envolvendo assassinatos de civis e violações de direitos humanos. Desde então, a atuação de Prince em conflitos armados e na exportação de soluções militarizadas para governos estrangeiros vem sendo alvo de duras críticas por parte de especialistas em segurança e direitos civis.

      O ministro da Defesa do Equador confirmou que Prince e sua equipe estão oferecendo treinamentos e assessoria às forças do país e itiu a possibilidade de ampliar seu campo de atuação. “Eles podem não estar limitados apenas a essas ações”, declarou Gian Carlo Loffredo, sem detalhar os termos do acordo.

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