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Gleisi se solidariza a Cristina Kirchner, vítima de lawfare na Argentina

Ministra das Relações Institucionais do governo Lula diz que nunca foram apresentadas provas contra a ex-presidente argentina

Cristina Kirchner (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)
Redação Brasil 247 avatar
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247 - A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), manifestou solidariedade à ex-presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner, após a Suprema Corte da Argentina confirmar, na terça-feira (10), sua condenação a seis anos de prisão e a inabilitação permanente para exercer cargos públicos. A decisão, tomada por unanimidade pelos três juízes do tribunal, mantém a sentença proferida no caso conhecido como “Causa Vialidad”. 

Pelo X (antigo Twitter), Gleisi criticou o processo judicial e afirmou que a condenação representa uma ameaça à democracia no país vizinho. “A sentença de prisão e inelegibilidade da ex-presidenta Cristina Kirchner significa uma grave ameaça para as liberdades políticas na Argentina. Cristina e sua defesa sustentam que a promotoria nunca apresentou provas concretas contra ela. Nossa solidariedade a Cristina e ao Partido Justicialista que ela preside”, escreveu.

Um processo cercado por denúncias de parcialidade - A condenação de Cristina Kirchner se deu no âmbito da acusação de istração fraudulenta, em prejuízo da istração pública, durante seu governo. Embora tenha sido absolvida da acusação de associação ilícita, a sentença foi mantida mesmo diante de sérias controvérsias sobre a condução do processo judicial.

Durante o julgamento, vieram à tona imagens que mostravam o promotor responsável pela acusação, Diego Luciani, e o juiz Rodrigo Giménez de Uriburu — integrante do tribunal julgador — jogando futebol juntos na casa de campo do ex-presidente Mauricio Macri, principal adversário político de Cristina Kirchner.

Além disso, houve o vazamento de mensagens que indicavam conluio entre magistrados, empresários e integrantes do Grupo Clarín — conglomerado midiático abertamente opositor ao kirchnerismo — para manipular provas e influenciar o processo judicial. A troca de mensagens ocorreu após uma viagem de luxo à Patagônia, paga pelo próprio Clarín, envolvendo juízes e membros do Ministério Público.

Apesar das evidências de conflitos de interesse e da denúncia de manipulação, o julgamento foi mantido, culminando com a condenação da ex-presidente em dezembro de 2022. Agora, a confirmação pela Suprema Corte esgota as possibilidades de recursos na Justiça argentina.

Reação política - A decisão da Justiça repercutiu com força entre lideranças políticas e entidades sindicais na Argentina. A Confederação Geral do Trabalho (CGT), uma das principais centrais sindicais do país, classificou a condenação como uma tentativa de “proscrição” da dirigente peronista. “A democracia está em perigo”, alertou a CGT, em comunicado oficial em que expressou “solidariedade e apoio incondicional” à ex-presidente.

Cristina Kirchner foi presidente da Argentina por dois mandatos consecutivos, entre 2007 e 2015, e atualmente exerce o cargo de senadora. Nos últimos anos, tornou-se alvo de diversos processos judiciais, que aliados e apoiadores classificam como parte de um processo de lawfare — uso da Justiça para perseguição política.

A manifestação de Gleisi Hoffmann soma-se à de outras lideranças políticas da América Latina que têm denunciado a ofensiva judicial contra Cristina como um ataque à democracia e à soberania popular na Argentina.

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