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      Luisa González mantém denúncia de fraude eleitoral no Equador

      Candidata da Revolução Cidadã reafirma que processo foi viciado e anuncia contestação formal dos resultados

      Luisa González contesta resultado eleitoral no Equador (Foto: Prensa Latina )
      José Reinaldo avatar
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      247 - A candidata presidencial equatoriana Luisa González, do movimento Revolução Cidadã (RC), voltou a denunciar fraude no segundo turno das eleições de 2025, realizadas no Equador. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 18 de abril, por meio de sua conta oficial na rede X (antigo Twitter), com base em observações de uma missão da Organização dos Estados Americanos (OEA). A notícia foi originalmente publicada pela agência Prensa Latina.

      De acordo com o relatório da OEA, foram constatadas “irregularidades em todo o processo eleitoral”. Um dos principais problemas apontados foi a tinta utilizada para marcar as cédulas, que, segundo a missão, “transferia-se entre as opções políticas quando eram dobradas, devido à simetria do desenho”. O documento ressalta que isso gerou confusão na apuração dos votos e, em alguns casos, resultou na anulação de votos válidos. 

      A gravidade das denúncias foi reforçada pelo ex-presidente Rafael Correa (2007–2017), fundador do RC, que declarou em suas redes sociais: “Isso é inédito e explicaria por que Luisa chegou a diminuir seus votos em algumas cidades e províncias”. Correa acrescentou ainda: “A tecnologia usada provavelmente era fotossensível, e é por isso que proibiram tirar fotos da votação”. 

      Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o atual presidente Daniel Noboa venceu González com uma vantagem de 11 pontos. Contudo, a candidata contesta esses números e aponta uma série de irregularidades que, em sua avaliação, comprometem a legitimidade do pleito. 

      “O Equador e outras partes do mundo apontam que as eleições foram realizadas sem condições ou garantias democráticas básicas”, afirmou González, que acusa o presidente Noboa de abuso de poder, desvio de recursos públicos e outras irregularidades. “A campanha, marcada por irregularidades, começou com o fato de o senhor Noboa ter feito campanha sem licença”, afirmou em vídeo publicado nesta semana.

      Entre as denúncias mais contundentes apresentadas pela candidata está a existência de “múltiplas versões das folhas de apuração que foram modificadas pelo próprio CNE”. Ela também relatou inconsistências graves: “Temos 1.984 votos sem conjunta. Isso violaria o Artigo 127 do Código da Democracia e eles deveriam ser invalidados”.

      González levantou ainda suspeitas sobre a redução incomum no número de votos em branco e mencionou uma possível “manipulação direta de mais de 150 mil cédulas”.

      As suspeitas ganham respaldo em dados da consultoria argentina TresPuntoZero, que divulgou na sexta-feira uma pesquisa pós-eleitoral revelando que 52,7% dos entrevistados votariam em González se as eleições fossem repetidas. Com base nesses e outros elementos, o movimento Revolução Cidadã anunciou que irá contestar os resultados oficialmente.

      Apesar da conclusão da contagem em todas as 24 províncias, a CNE ainda não finalizou a apuração dos votos dos equatorianos residentes no exterior. A expectativa é que esse processo seja encerrado nos próximos dias.

      Até o momento, Noboa manteve silêncio sobre as denúncias de González, limitando-se a comemorar o resultado e afirmar que não reconheceria qualquer recontagem que não fosse conduzida pelos canais oficiais.

      As acusações da candidata somam-se a um contexto de desconfiança crescente quanto à lisura dos processos democráticos na região. Organismos internacionais e governos estrangeiros observam com atenção o desenrolar da crise no Equador, que pode ter implicações para a estabilidade política do país.

      González, por sua vez, garantiu que seguirá lutando para defender a vontade popular. “Não vamos aceitar um processo viciado. Vamos até o fim com todas as evidências que temos para garantir justiça e respeito à democracia”, afirmou.

      A denúncia de fraude e a possível judicialização do resultado poderão arrastar o país para uma nova polarização, justamente quando o Equador tenta se recuperar de uma prolongada instabilidade política e econômica.

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