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      Petro agradece a Cuba e Venezuela pelos esforços de paz na Colômbia

      Presidente colombiano destaca papel de países latino-americanos como garantidores das negociações com o ELN e reafirma compromisso com a paz duradoura

      O presieente colombiano Gustavo Petro em audiência com o Papa Leão XIV (Foto: Vatican News)
      José Reinaldo avatar
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      247 - O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, reafirmou seu compromisso com a paz e agradeceu publicamente a Cuba e à Venezuela pelo apoio contínuo às negociações com grupos insurgentes, especialmente o Exército de Libertação Nacional (ELN), informa o site Cubadebate.

      De acordo com fontes da Presidência colombiana e do Vaticano, após uma audiência privada com o Papa Leão XIV, Petro ressaltou a importância da diplomacia regional e do apoio internacional na construção de um futuro sem violência para os colombianos.

      "Conversei com Sua Santidade sobre os caminhos para a paz na Colômbia e a disposição do ELN em retomar os diálogos nos países garantidores. Agradeço profundamente a Cuba e à Venezuela por se manterem firmes nesse papel", declarou o presidente. Petro também enfatizou que o compromisso dos dois países em acolher as negociações mostra “uma América Latina comprometida com a reconciliação e a justiça social”.

      Retomada de negociações em vista

      O processo de paz entre o governo colombiano e o ELN estava suspenso há quatro meses, em meio a divergências quanto ao cessar-fogo e questões operacionais dos diálogos. A nova sinalização do ELN, de realizar reuniões em Cuba e na Venezuela, reacende a esperança de um novo ciclo de negociações mais produtivo e estável.

      Cuba tem um histórico de protagonismo diplomático nos processos de paz da Colômbia. Em 2016, foi sede das negociações que resultaram no acordo entre o governo de Juan Manuel Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Desde então, a ilha caribenha tem se mantido como espaço neutro, respeitado tanto por governos quanto por forças insurgentes.

      A Venezuela, por sua vez, compartilha uma longa fronteira com a Colômbia e tem laços históricos e culturais com diversos setores sociais do país vizinho. O governo de Nicolás Maduro tem demonstrado apoio ao processo de paz colombiano, inclusive facilitando contatos com lideranças regionais e oferecendo garantias de segurança para as tratativas.

      Diálogo com o Vaticano

      Durante o encontro com o Papa Leão XIV, Petro destacou que a Santa Sé pode desempenhar um papel importante como facilitadora da paz e da reconciliação na América Latina. Embora os detalhes da conversa não tenham sido divulgados integralmente, fontes do governo colombiano indicam que foram abordados temas como justiça restaurativa, inclusão dos territórios periféricos no processo de paz e o papel da Igreja na mediação de conflitos.

      O Papa teria reiterado sua disposição de acompanhar de perto os esforços colombianos e seu desejo de ver a paz consolidada como um testemunho ético e espiritual para toda a região. Petro presenteou o pontífice com um exemplar da Constituição Colombiana, sublinhando que “a paz é um direito constitucional e um dever irrenunciável do Estado”.

      Desafios à frente

      Apesar dos avanços diplomáticos, a realidade no terreno ainda impõe desafios. O ELN mantém presença armada em diversas regiões da Colômbia, e há registros de confrontos com forças de segurança e outros grupos armados, inclusive dissidências das FARC. O governo Petro tem insistido na proposta de uma “Paz Total”, que inclui não apenas cessar-fogos bilaterais, mas também um processo de reintegração social e econômica dos ex-combatentes, com participação ativa das comunidades.

      A retomada dos diálogos com o ELN, especialmente com a chancela de Cuba e Venezuela, pode representar uma virada na condução das negociações, aproximando a Colômbia de uma paz mais abrangente e sustentável. Ainda assim, o sucesso dependerá da capacidade de construir confiança mútua, de garantir o cumprimento dos acordos e de enfrentar as causas estruturais do conflito: a desigualdade, a exclusão social e a marginalização de vastas regiões do país.

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