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      Camilo Irineu Quartarollo

      Autor de nove livros, químico, professor de química, com formação parcial em teologia e filosofia.

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      A destruição do país

      As enchentes do Sul fizeram o preço do arroz subir, mas se houvesse arroz estocado...

      Brasil vai importar arroz para segurar preço (Foto: Marcello Casal Jr/Ag. Brasil )

      A destruição do país  

      As enchentes do Sul fizeram o preço do arroz subir, mas se houvesse arroz estocado...

      Num jantar de conservadores, em Washington, Jair Bolsonaro disse aos presentes que não ia construir coisas, mas desconstruir (Globo). A desconstrução do país, desmonte de empresas e ministérios, privatizações. 

      Veio o golpe do desmonte contra o Sistema de saúde, o ministério com maior orçamento, de um Estado que virava as costas ao povo. Devido a uma gestão tipicamente negacionista e inoperante, cerca de um milhão de crianças deixaram de ser vacinadas em 2020. A poliomielite antes erradicada voltara anos depois com suas sequelas de crianças com perninhas atrofiadas. O Brasil, depois de muito  tempo, voltou a noticiar novos casos. 

      Com a Covid, houve enorme peregrinação ao SUS, para se socorrer do inevitável. Então o Sistema de saúde se manteve, apesar da pretensão maldosa do ministro Guedes, o qual cogitava privatizar a saúde no Brasil. Em vez do SUS, pagaria um voucher (ajudinha) para o cidadão. 

      O presidente Messias – o qual não faz milagres, deu um chute pseudocientífico e para acertar o alvo ordenou ao Exército brasileiro o fabrico da Cloroquina! Mas e as vacinas? A imprensa divulgava o número elevado de mortos, através de um consórcio de veículos de comunicação. O ministério da Saúde, cujo ministro era um general de Bolsonaro, não divulgava os boletins e informes necessários. 

      Houve o “ar da boiada” do então ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. Para liberar tudo enquanto o povo estivesse “distraído” e chorando pelos seus mortos. Esse desmonte do ministério se tornou visível nas queimadas recordes na Amazônia em 2020. Desconstituíram-se órgãos de fiscalização como o IBAMA, sem viaturas, com funcionários em número bem reduzido. Mesmo em flagrante, as multas lavradas contra madeireiros e garimpeiros infratores eram ignoradas pelo governo. Exonerações de agentes da fiscalização como a de José Olímpio Augusto Morelli, o qual autuara o presidente com a vara de pesca na mão em área de preservação no Rio de Janeiro.

      Recentemente, as enchentes do Sul fizeram subir o preço do arroz, mas se houvesse arroz estocado... depois de Bolsonaro foram encontrados somente paletes vazios, estoques zerados dentro da CONAB. Como órgão regulador da oferta de alimentos no país, a política desse órgão é ir comprando produtos alimentícios na baixa de preço e soltar no mercado interno quando faltarem nas prateleiras por alguma catástrofe ou problemas de mercado. Quem abastece o mercado interno é a pequena agricultura familiar. O grande agronegócio produz e exporta, recebendo em dólar. 

      Dentre os tantos males da gestão corrosiva do Estado brasileiro sob o comando de Bolsonaro, o pior talvez seja o orçamento secreto iniciado em 2020 – as verbas apócrifas do orçamento público apropriadas pelo legislativo. Basta um jamegão aleatório do líder para que um deputado, sem nada, mande a grana para onde quiser, quaisquer cidades, retirando uma fatia do bolo provisionado de 50 bilhões do orçamento federal!  

      Se a ultradireita controlar o Congresso de vez. Eleger a maioria, emparedar o Judiciário, a democracia corre sérios riscos de virar ditadura, sem lei e segurança, quer na saúde, quer no trabalho e na liberdade.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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