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      Julimar Roberto

      Comerciário e presidente da Contracs-CUT

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      A rua é o nosso lugar! A classe trabalhadora precisa marchar

      Se o Congresso não escuta o diálogo, escutará o barulho das ruas

      Protesto de metalúrgicos defende isenção de IR e redução de jornada de trabalho (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

      Não basta termos eleito um trabalhador para a Presidência da República. Isso foi só o começo. Enquanto lutávamos bravamente pela derrota do fascismo nas urnas, deixamos ar – ou não conseguimos evitar – a eleição do Congresso mais conservador desde a redemocratização do nosso país. Majoritariamente formado por homens brancos e ricos. Ou seja, por patrões que enxergam a classe trabalhadora como um custo que, como todo custo, precisa ser cortado, reduzido, subjugado. 

      Para o desespero geral, são esses homens que votam as leis que moldam a vida de quem acorda cedo e vai trabalhar. São eles que travam, chantageiam e desmontam qualquer tentativa de avanço. O presidente Lula tenta, propõe, negocia. Mas o que recebe de volta são pautas-bomba, bloqueios orçamentários e a velha barganha de que “só voto se tiver emenda”.

      Vamos a um exemplo bem recente. Nesta semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu que o PL da Anistia não estava suficientemente maduro para ir diretamente à votação em plenário e que, antes, deveria ser apreciado pelas comissões temáticas e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em retaliação à decisão de Motta, o Partido Liberal (PL) anunciou, na quinta-feira (24 de abril), que voltará a obstruir a pauta legislativa até que seja marcada a data da votação da anistia.

      Essa chantagem barata, infantilidade, birra de menino mimado merecedor de umas boas palmadas no traseiro, foi anunciada pelo líder de oposição na Câmara, deputado Zucco do PL do Rio Grande do Sul. Ou seja, nada mais será votado na Casa enquanto o projeto que livra os golpistas, incluindo Jair Messias Bolsonaro, não for levado à votação. Está vendo como é feita a manipulação?

      É por isso que, no dia 29 de abril, a classe trabalhadora precisa estar nas ruas. Precisa marchar. Não como um ato simbólico, mas como força política viva. Para lembrar a esse Congresso que o poder não emana do centrão, nem da Faria Lima¹ — emana do povo. E o povo quer jornada de trabalho reduzida, sem redução de salário. Quer o fim da escala exaustiva 6x1. Quer isenção da cobrança do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. Quer trabalhar para viver e não apenas viver para trabalhar. Quer valorização e dignidade.

      A Marcha da Classe Trabalhadora não é uma atividade simbólica. É um recado que precisa ser bem dado. É o grito coletivo contra os retrocessos. É a afirmação de que não ficaremos calados enquanto nossas pautas apodrecem nas gavetas dos gabinetes.

      Se o Congresso não escuta o diálogo, escutará o barulho das ruas. Porque quem trabalha, luta. E quem luta, marcha.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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