Ao que tudo indica, Galípolo esqueceu o que escreveu
Já se pode afirmar que Gabriel Galípolo esqueceu o que escreveu?
Já se pode afirmar que Gabriel Galípolo esqueceu o que escreveu? O leitor pode tirar suas conclusões a partir de três trechos do livro que o atual presidente do Banco Central escreveu junto com Luiz Gonzaga Belluzzo, “Manda Quem Pode, Obedece Quem Tem Prejuízo”, de 2017.
A conferir:
“O estabelecimento automático de uma relação causal determinística entre inflação e ‘excesso de demanda’ (sempre!) faz paralelo ao diagnóstico de virose com recomendação de analgésico, antitérmico e anti-infamatório de alguns plantonistas de pronto-socorro. Ante as inevitáveis evidências de que a economia brasileira não a por um cenário de ‘excesso de demanda’, não caberia uma investigação se o processo inflacionário teria outra causa?”
“A história recente da evolução da dívida pública no Brasil demonstra o avesso da sabedoria convencional. Dizem os sabichões que a taxa de juro é elevada por causa do estoque da dívida, mas o caso brasileiro parece afirmar que a dinâmica da dívida é perversa por causa da taxa de juro de agiota.”
“O fato de uma classe social monopolizar os meios de produção e controlar o crédito lhe confere o poder de determinar a renda desta sociedade. Portanto, para que as necessidades pessoais e coletivas sejam satisfeitas é necessário que os agentes detentores dos meios de produção e crédito gerem mais dinheiro do que o investido inicialmente. O destino desta economia depende da decisão de gastar, investir e se endividar dos capitalistas. A complexidade reside no fato desta decisão nem sempre se dar de forma a gerar a melhor renda e emprego para a sociedade.”
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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