China demonstra confiança no Brasil conduzido por Lula
Investimentos de R$ 27 bilhões de empresas chinesas no Brasil são fruto do novo patamar na relação entre os dois países
A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China nem terminou e já resultou em um dos maiores pacotes de investimentos estrangeiros já anunciados. São R$ 27 bilhões em aportes de empresas chinesas no Brasil, distribuídos entre setores como veículos elétricos, energia limpa, mineração, semicondutores, biotecnologia e delivery, e reforçam o pensamento de longo prazo entre os dois gigantes. São investimentos que dialogam diretamente com os desafios do século XXI: a transição energética, a reindustrialização de base tecnológica e a ampliação da infraestrutura sustentável.
Este resultado é, sobretudo, fruto de confiança pessoal e institucional. Lula é, hoje, um dos poucos líderes do Ocidente que têm interlocução direta e respeitosa com o presidente Xi Jinping. Desde sua volta ao Palácio do Planalto, os encontros entre os dois mandatários somam-se a um diálogo contínuo em defesa de uma nova governança internacional, onde países em desenvolvimento também tenham voz e protagonismo.
O fortalecimento dessa parceria também se reflete no comércio e na inovação. O fluxo comercial entre Brasil e China já ultraa US$ 160 bilhões, segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). De acordo com o Palácio do Planalto, os novos encontros entre os governos contribuíram para ampliar ainda mais os investimentos chineses. Entre os destaques, estão o aporte de US$ 1 bilhão na produção de combustível sustentável de aviação (SAF), feito a partir da cana-de-açúcar, e a criação de um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) voltado à área de energia renovável.
O Brasil, sob a liderança de Lula, tem retomado uma política externa pautada no multilateralismo e na busca de novos polos de cooperação. Ao visitar a Rússia e a China em uma mesma missão, Lula reitera que o país não se subordina a um único eixo de poder. O Brasil quer ser — e tem plenas condições de ser — um agente autônomo na defesa de seus próprios interesses.
Lula não apenas reabilita o prestígio internacional do Brasil, mas reposiciona o país como uma nação relevante na construção do futuro global. Ao invés de criticar cegamente, seria mais honesto — e necessário — que a mídia corporativa nacional reconhecesse o acerto estratégico dessa política externa. Afinal, um país respeitado lá fora é também mais forte aqui dentro.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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