window.dataLayer = window.dataLayer || []; window.dataLayer.push({ 'event': 'author_view', 'author': 'Julimar Roberto', 'page_url': '/blog/classe-trabalhadora-volta-as-ruas-e-se-reencontra-com-a-esperanca-e-a-liberdade' });
TV 247 logo
      Julimar Roberto avatar

      Julimar Roberto

      Comerciário e presidente da Contracs-CUT

      229 artigos

      HOME > blog

      Classe trabalhadora volta às ruas e se reencontra com a esperança e a liberdade

      Voltamos às ruas não só para lembrar de onde viemos, mas porque temos a certeza de onde queremos chegar

      Ato do 1º de Maio em São Paulo (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

      Nessa semana, a classe trabalhadora brasileira protagonizou um retorno histórico às ruas. A força que move o país mostrou, mais uma vez, que, apesar de todas as dificuldades, resistia viva, organizada e dependia apenas de uma convocação para se levantar e lutar. E foi isso que aconteceu em Brasília, no dia 29 de abril. Milhares de trabalhadores e trabalhadoras de todos os estados desembarcaram na capital do país para um gigantesco ato unificado, a Marcha da Classe Trabalhadora. Dois dias depois, com muitos ainda viajando de volta para suas casas, lá estávamos nós novamente nas ruas, durante o grande Dia de Luta. Celebrado de maneira descentralizada, o 1º de Maio contou com atividades espalhadas por todo o território nacional, onde ocupamos todos os espaços. Mas não estamos cansados. Estamos, sim, satisfeitos com o saldo dessa semana, que termina com um forte e vigoroso grito que resistia preso em milhões e milhões de gargantas: “Ainda estamos aqui, com coragem, gana e muita disposição para o enfrentamento.”

      Foram dias que reavivaram a memória de tempos gloriosos de luta e que também reacenderam a esperança de um novo ciclo de mobilização popular. Em Brasília, a emoção foi visível nos rostos de quem reencontrava antigos companheiros de jornada. A alegria de poder vestir a camisa da sua central, erguer a bandeira do seu sindicato, cantar palavras de ordem e caminhar com quem partilha sonhos e enfrentamentos reavivou, com força, em nossos corações a firme certeza de que quem esteve ao nosso lado nas trincheiras sempre foi mais importante do que a própria guerra. Mais que um ato, foi um reencontro com a liberdade. Não havia medo. As forças policiais ali estavam para garantir nossa segurança. Pudemos respirar aliviados, após um triste, longo e terrível período no qual até o ar fora negado aos nossos pulmões.

      Mas resistimos. E agora voltamos — mais conscientes, mais fortes, mais unidos. Não envelhecemos, amadurecemos. Tudo pelo que amos nos fez valorizar ainda mais a vida, a nossa família, os nossos sonhos, os nossos líderes legítimos e as nossas bandeiras de luta. Queremos tempo. Tempo para sermos o que quisermos ser. Queremos, sim, trabalhar para viver — mas não aceitaremos mais viver para trabalhar. Queremos redução de jornada, porque nosso dia é valioso. Queremos o fim da escala 6x1, porque nossa semana é ainda mais curta. E queremos agora, porque também aprendemos que o futuro já começou.

      Voltamos às ruas não só para lembrar de onde viemos, mas porque temos a certeza de onde queremos chegar. Somos quem constrói, quem comercializa, quem alimenta, quem move, quem cuida, quem informa, quem sonha e ensina a sonhar. Somos classe trabalhadora e temos muito orgulho disso.

      Viva a trabalhadora e o trabalhador brasileiro!

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Cortes 247