Instituto Mondó mapeia a saúde mental de adolescentes no Brasil e impulsiona mudanças sociais profundas
O trabalho do Instituto Mondó vai além da pesquisa acadêmica
Em meio a um cenário marcado por altas taxas de violência, desigualdade e vulnerabilidade social, o Instituto Mondó emerge como uma força transformadora, dedicando-se à compreensão e à intervenção na saúde mental de adolescentes. Com forte atuação na região amazônica, especialmente no município de Breves, no Pará, essa parceria inovadora entre instituições como a Fundação José Luiz Egydio Setúbal e o Instituto Mondó tem contribuído para que as vozes dos jovens sejam ouvidas e para que políticas públicas mais efetivas sejam construídas.
Investigando o impacto da violência na saúde mental juvenil
Um estudo recente realizado pelo Instituto Mondó revelou a complexidade do entorno em que esses adolescentes vivem e como fatores como agressões físicas e assédio sexual afetam profundamente seu bem-estar emocional. Utilizando a metodologia avançada de Propensity Score Matching (PSM), a pesquisa conseguiu isolar os efeitos da violência na saúde mental, evidenciando que esses fatores aumentam significativamente os sintomas depressivos entre os jovens.
Ao focar numa população de adolescentes com idades entre 11 e 20 anos, a pesquisa não apenas revela os riscos enfrentados por esses jovens, mas também destaca a carência de espaços de escuta qualificada, especialmente em regiões de alta vulnerabilidade como o arquipélago do Marajó - uma área marcada pelo isolamento, pobreza e o limitado a serviços de saúde mental.
Espaços de diálogo e ações intersetoriais: o caminho para a mudança
O trabalho do Instituto Mondó vai além da pesquisa acadêmica. Como evidenciado em seus estudos e ações, ela promove a formação de redes intersetoriais entre saúde, educação e assistência social, buscando criar ambientes mais seguros e acolhedores para os adolescentes. Segundo autores como Nogueira et al. e Boccia et al., a integração dessas áreas é essencial para implementar políticas públicas eficazes e garantir e psicológico contínuo.
Além disso, a iniciativa também se debruça sobre o papel das redes sociais na formação das subjetividades juvenis. Como aponta Cipriano e Quiroga, a exposição a padrões idealizados no universo digital pode afetar a autoestima, aumentando sentimentos de inadequação e solidão - uma questão que o Mondó enfrenta com ações de conscientização e educação emocional.
Reflexão e transformação social: o compromisso do Instituto Mondó
O impacto da atuação social e acadêmica do Mondó é profundo. Sua produção de conhecimento fornece evidências sólidas para a formulação de políticas públicas integradas que previnam a violência e promovam a saúde mental de adolescentes, principalmente em contextos de alta vulnerabilidade social. Como destaca um dos estudos, é necessário ampliar a escuta qualificada e criar mecanismos de monitoramento sistemático que possam transformar realidades e reduzir os efeitos devastadores da violência.
Mais do que uma rede de pesquisa, o Instituto Mondó se firma como um espaço de reflexão, ação e esperança. Seu trabalho demonstra que a mudança social é possível quando o conhecimento é aliado à mobilização e ao compromisso com as populações mais vulneráveis. Como sociedade, temos o dever de apoiar e ampliar esse movimento, garantindo que todas as vozes juvenis sejam ouvidas e que seus direitos - especialmente o direito à saúde mental - sejam respeitados.
A rede que mapeia crianças e jovens em 2025 é um exemplo inspirador de que o investimento em pesquisa, educação e políticas intersetoriais pode construir um futuro mais justo, saudável e humano para todos e nós temos acompanhado esses grandes trabalhos.

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