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      Alex Solnik

      Alex Solnik, jornalista, é autor de "O dia em que conheci Brilhante Ustra" (Geração Editorial)

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      Michelle será Bolsonaro em 2026

      O que lembra o tango argentino dos anos 70

      Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

      Michelle será Bolsonaro em 2026

      O que lembra o tango argentino dos anos 70 

      Logo que eu soube que a Michelle Bolsonaro demitiu o assessor Fábio Wajngarten do PL por ter dito preferir Lula a ela em 2026, numa conversa corriqueira com o delator Mauro Cid, tive a intuição de que isso só se deu porque ela tem planos presidenciais e viu nele alguém que poderia miná-los. Antes disso eu nunca tinha levado essa ideia a sério. 

      Faz sentido, para mim, Bolsonaro insistir que será o candidato, mesmo inelegível. Ele será o cabeça de chapa e Michelle, a vice. Em setembro de 2026 o TSE vai impugnar sua candidatura, “o senhor está inelegível” (e talvez preso) e a esposa vira candidata. Desde o início da campanha ela será a estrela, porque o marido poderá estar numa sala especial de algum quartel ou em prisão domiciliar.

      O grande trunfo é que todos sabem que ela é submissa ao marido, portanto votar nela será o mesmo que votar em Bolsonaro. Seus eleitores irão às urnas na certeza de que ele será o verdadeiro presidente, mesmo preso.

      O candidato de Bolsonaro jamais será Tarcísio. Ele está no Republicanos e não no PL. E não quer ir pro PL, apesar dos insistentes convites, porque quem manda no PL é Bolsonaro e ele não quer ser comandado. Não vai, portanto, obedecer cegamente a Bolsonaro, como Michelle.

      O arranjo bolsonarista lembra o tango argentino dos anos 70. Em 1973, Juan Perón foi eleito presidente com sua mulher como vice. Por coincidência, sua terceira, tal como Michelle para Bolsonaro. E também bem mais jovem do que ele. 

      Com sua morte, no ano seguinte, Isabelita, uma ex-dançarina sem nenhuma experiência política, virou presidente da Argentina, em 1974.

      Dois anos depois foi deposta pelos militares liderados pelo general Juan Videla que deu início a uma das mais sangrentas ditaduras da América Latina.

      Será um páreo duro para Lula, porque não será um páreo contra Michelle, e sim contra Bolsonaro, que, segundo as pesquisas, ainda divide o eleitorado nacional com o atual presidente.   

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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