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      Bepe Damasco

      Jornalista, editor do Blog do Bepe

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      Tratar bebê reborn como filho é sintoma da epidemia de imbecilidade que assola o Brasil

      Está difícil

      Bebê reborn (Foto: Reprodução (Redes Sociais))

      Que me perdoem alguns "especialistas" que enxergam aspectos humanos complexos a serem discutidos diante desta febre de adoção de bonecos hiper-realistas, como se fossem filhos ou netos, mas na minha modesta opinião de leigo, o fenômeno dos bebês reborn revela que o céu é o limite para a imbecilidade da sociedade brasileira, adoecida pelos valores da extrema-direita, ou é caso para psiquiatria, ou as duas coisas.

      E pensar que não faltam no Brasil crianças à espera de adoção, para que possam ter direito a um lar, a uma família. Desde que o ódio fascista ou a ser disseminado em profusão, cresce de forma exponencial a escalada de falta de empatia, de amor ao próximo e solidariedade, produzindo fenômenos estranhos à espécie humana. 

      É bonito ver como muitas pessoas tratam com carinho e amor seus animais de estimação. E não poderia ser diferente. Quem se propõe a criar os bichinhos tem a obrigação de cuidá-los da melhor forma possível. E os perversos que maltratam animais devem responder criminalmente. Aliás, a legislação brasileira avançou bastante no enquadramento desse tipo de crime. 

      Mas daí a considerar cães e gatos como filhos vai uma grande distância. Pai e mãe de animais domésticos não podem ser seres humanos. Existem exceções, mas os que assim procedem mal conseguem disfarçar seu déficit de empatia em relação aos humanos. Quem nunca ouviu a frase "prefiro bicho do que gente"> if (googletag && googletag.apiReady) { googletag.cmd.push(() => { googletag.display(id); }); }

      Pois é, o o seguinte não tardou a ser dado: pessoas se sentem pais de bonecos realistas. Já se ouve até falar em idiotices como pediatria para esses bonecos, maternidades e até teste do pezinho.

      Fosse apenas mais uma maluquice sazonal, dessas que aparecem e desaparecem de tempos em tempos, seria menos mal. O problema é o que surge quando tiramos o véu que encobre esse delírio.

      Sou capaz de apostar que entre os papais e mamães desses bonecos encontramos um monte de gente que não está nem aí para a infância desassistida, não se envergonha da nossa desigualdade social, finge que não vê o extermínio de pobres e negros pelas forças de segurança e não se incomoda com a fome nem com a dor alheias.

      Está difícil. 

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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