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      BNDES financia R$ 131 milhões para usinas de CO2 verde e biometano no RJ e PE

      Projetos em Seropédica e Igarassu reutilizam CO2 e metano de aterros e contam com recursos do Fundo Clima para apoiar a transição energética

      (Foto: Ricardo Zinner/Divulgação Gás Verde)
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      247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 131,1 milhões em financiamentos para dois projetos da Gás Verde voltados à transição energética e ao enfrentamento da crise climática. Segundo informações do próprio banco, divulgadas nesta quarta-feira (28), os recursos serão aplicados na instalação da primeira planta do país dedicada à purificação e liquefação de CO₂ verde, em Seropédica (RJ), e na construção de uma nova usina de biometano a partir de resíduos orgânicos, em Igarassu (PE).

      Os projetos contam com o apoio do Fundo Clima, instrumento da Política Nacional sobre Mudança do Clima, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. Do total aprovado, R$ 89,3 milhões são provenientes do programa: R$ 17,1 milhões para a unidade fluminense e R$ 72,2 milhões para o empreendimento em Pernambuco. A iniciativa é um marco na utilização econômica de gases poluentes e no avanço de tecnologias que reduzem as emissões responsáveis pelo aquecimento global.

      A planta de Seropédica, que será inaugurada em julho, terá capacidade para processar 100 toneladas por dia de CO₂. O gás será capturado como subproduto do biometano, atualmente produzido em volume de 130 mil Nm³/dia a partir do biogás gerado no aterro sanitário operado pela Ciclus Ambiental. O dióxido de carbono, que representa 39% do biogás captado, será purificado até atingir grau de pureza suficiente para uso comercial, como em alimentos e bebidas. A expectativa é alcançar o volume total de produção até agosto.

      Já a planta de Igarassu terá capacidade para gerar 45,6 mil Nm³ de biometano por dia, por meio da purificação de biogás extraído do Ecoparque Pernambuco. Todo o gás captado, cerca de 4 mil Nm³ por hora, será convertido em combustível renovável, destinado a diversas aplicações industriais e logísticas. A obra deverá empregar 60 pessoas durante a implantação e 15 na fase operacional.

      Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, os dois projetos estão diretamente alinhados à política ambiental do governo federal. “Enquanto um deles aproveita economicamente o gás carbônico, capturando o subproduto que seria emitido como rejeito, o outro garante a produção de gás renovável, evitando emissões de metano, que tem potencial de aquecimento 25 vezes maior que o do CO₂”, afirmou.

      O CEO da Gás Verde, Marcel Jorand, destacou a relevância dos financiamentos para a consolidação do biometano na matriz energética brasileira. “Num momento de emergência climática global, é fundamental contar com o apoio financeiro do BNDES, sendo um reconhecimento à contribuição do biometano para a transição energética brasileira”, declarou. Segundo ele, o investimento também fortalece a credibilidade da empresa junto a grandes indústrias que buscam descarbonizar suas operações.

      A Gás Verde é hoje a maior produtora de biometano da América Latina, com 12 plantas em operação em seis estados brasileiros. Atualmente, produz cerca de 160 mil m³ por dia e projeta atingir 650 mil m³/dia até 2028, com a conversão de suas térmicas a biogás para plantas de biometano. A empresa fornece combustível limpo para clientes como Ambev, Nestlé, Saint-Gobain, L’Oréal, entre outros, e criou o BIORec, primeiro certificado de biometano originado de resíduos sólidos urbanos no Brasil.

      Ao todo, os dois projetos demandarão investimentos de R$ 141,5 milhões, dos quais R$ 51,3 milhões para Seropédica e R$ 90,2 milhões para Igarassu. Além de reforçarem o papel do setor energético na mitigação das mudanças climáticas, as novas plantas também contribuem para o desenvolvimento regional com a geração de emprego e renda.

      O Fundo Clima, utilizado no financiamento, tem a função de apoiar projetos que contribuam para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Seu orçamento é gerido pelo BNDES e visa fortalecer a adaptação do país aos impactos do aquecimento global, promovendo tecnologias e práticas sustentáveis.

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