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      Itaipu estuda emissões de gases de efeito estufa no reservatório da usina

      Pesquisa avalia interação de microrganismos com GEE e impacto na biodiversidade; estudo tem investimento de R$ 9 milhões e prazo de três anos

      (Foto: Reprodução/Itaipu Binacional )
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      247 - A Itaipu Binacional, em parceria com a Itaipu Parquetec e cinco universidades, está promovendo uma ampla pesquisa sobre as emissões de gases de efeito estufa (GEE) no reservatório da usina. A iniciativa, que conta com 37 pesquisadores e 13 bolsistas, envolve a coleta de amostras ao longo desta semana e busca aprofundar o conhecimento sobre a dinâmica dos GEE e sua relação com a biodiversidade. O estudo, com duração prevista de três anos e investimento de aproximadamente R$ 9 milhões, é conduzido em colaboração com as universidades Estadual de Maringá, Federal de Juiz de Fora, Federal de Alfenas, Federal de São Paulo e Federal do ABC.

      De acordo com Simone Benassi, gerente do Departamento de Reservatório e Áreas Protegidas da Itaipu, a pesquisa dá continuidade a um estudo realizado há cerca de dez anos, o projeto Balcar, conduzido em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia. “Por suas características, o reservatório de Itaipu é considerado de baixas emissões quando comparado a outras hidrelétricas. Além disso, as áreas protegidas no entorno contribuem para o sequestro de carbono, resultando em um balanço positivo para a usina”, explicou.

      A pesquisa busca compreender com mais precisão como os microrganismos influenciam a emissão e o consumo de GEE no reservatório. Embora as hidrelétricas gerem eletricidade sem emissões diretas, o alagamento das áreas para formação dos reservatórios pode favorecer a liberação de GEE, dependendo da quantidade de matéria orgânica submersa, da profundidade da água e da atividade biológica. A presença de poluentes, como dejetos, agrotóxicos e efluentes industriais, também pode intensificar o fenômeno da eutrofização, aumentando as emissões. Para mitigar esse impacto, a Itaipu desenvolve o programa Itaipu Mais que Energia, que busca reduzir a entrada desses resíduos e prolongar a vida útil do reservatório.

      O diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni, destacou a relevância do estudo para o setor energético. “Itaipu é uma empresa comprometida com o enfrentamento das mudanças climáticas. Com essa pesquisa de ponta, a empresa dá uma importante contribuição para o setor hidrelétrico, fornecendo parâmetros e referências para que outras usinas produzam o seu inventário de emissões”, afirmou.

      A coleta de amostras prossegue até a próxima sexta-feira (14), sob a coordenação do professor Gunther Brucha, da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL). Segundo ele, a análise da comunidade microbiana é essencial para entender o ciclo do carbono no reservatório. “É um estudo pioneiro no Brasil. Além de auxiliar na compreensão da ciclagem de carbono e quantificar emissões, os resultados podem determinar o potencial dos microrganismos em consumir o gás metano. Diversos lagos no mundo já mapearam a quantidade de metano produzida e consumida nos reservatórios, e agora chegou a vez de levantarmos essas informações em Itaipu”, ressaltou.

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