Petrobras abastece navio da Vale com biocombustível marítimo e avança em metas de descarbonização
Iniciativa conjunta com a Vale e Oldendorff Carriers em Singapura usa combustível com 24% de biodiesel de segunda geração a partir de óleo de cozinha usado
247 - A Petrobras, por meio de sua subsidiária Petrobras Singapore, firmou uma nova parceria comercial com a Vale para abastecimento de um navio afretado pela mineradora com biocombustível marítimo de baixa emissão. A operação foi realizada em 22 de abril em Singapura, com o navio graneleiro Luise Oldendorff, da empresa Oldendorff Carriers. O destaque do fornecimento é o uso do VLS B24 — combustível composto por 24% de biodiesel de segunda geração, derivado de óleo de cozinha reciclado — uma aposta conjunta na transição energética. A informação foi divulgada pela Petrobras em comunicado oficial.
O produto foi formulado pela própria Petrobras Singapore (PSPL) em tanques arrendados localmente, a partir da mistura de 76% de óleo combustível fóssil das refinarias do Sistema Petrobras com 24% de UCOME (Used Cooking Oil Methyl Ester), biocombustível obtido na região. A empresa é certificada com o selo ISCC EU, que garante que o produto atende a rigorosos critérios internacionais de sustentabilidade em toda a sua cadeia logística.
A ação representa mais um o na parceria estratégica entre a Petrobras e a Vale para o desenvolvimento de soluções de baixo carbono. “Estamos desenvolvendo combustíveis cada vez mais sustentáveis e honrando nosso compromisso de descarbonização das nossas atividades. A parceria com a Vale é mais uma concretização do objetivo da Petrobras de aperfeiçoar a capacidade produtiva e a estrutura logística da empresa, para entregar ao mercado produtos mais verdes e reforçar nossa estratégia de descarbonização”, declarou a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
Do lado da Vale, a iniciativa está alinhada com os esforços para reduzir as emissões em suas operações logísticas. “A Vale tem um firme compromisso de promover a descarbonização das suas operações. Nesse contexto, nossa área de navegação tem avaliado diversos cenários para reduzir as emissões de GEE no transporte marítimo, o que inclui o desenvolvimento de soluções multicombustíveis para navios novos e existentes que transportam nossos produtos globalmente. A Petrobras é uma parceira muito importante nesse processo”, afirmou Gustavo Pimenta, CEO da mineradora.
O uso do biobunker B24 em navios integra o conjunto de medidas da Vale para atingir metas ambiciosas de sustentabilidade. A mineradora planeja reduzir em 33% as emissões de escopos 1 e 2 até 2030 e cortar em 15% as emissões do escopo 3, ligadas à cadeia de valor, até 2035 — metas alinhadas às diretrizes da Organização Marítima Internacional (IMO).
Já a Petrobras reforça seu posicionamento na transição energética ao desenvolver e comercializar combustíveis mais limpos. O Plano de Negócios 2025-2029 da estatal prevê investimentos de US$ 16,3 bilhões em projetos ligados à transição energética, abrangendo energias de baixo carbono, descarbonização das operações e pesquisa e desenvolvimento. Esse montante representa 15% do CAPEX total da companhia para o período, com um aumento de 42% em relação ao plano anterior.
A cooperação entre Petrobras e Vale, ao unir inovação tecnológica e sustentabilidade, evidencia o papel das grandes empresas brasileiras no esforço global de redução das emissões e fortalecimento de cadeias produtivas mais sustentáveis no setor de transporte marítimo.
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