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      Protótipo do primeiro barco movido a hidrogênio verde, único com produção 'on board' no mundo, é exibido no Brasil

      O projeto brasileiro representa um avanço significativo na transição energética e na descarbonização do setor marítimo

      Protótipo de barco movido a hidrogênio verde (Foto: Divulgação)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - “O hidrogênio verde não é o futuro, é o presente. Queremos provar que é viável navegar sem emitir carbono”, afirmou Ernani Paciornik, presidente do Grupo Náutica e que também comanda a JAQ, uma das unidades do grupo. A apresentação foi feita no “Transição Energética e COP30 - Desafios e caminhos para um futuro sustentável”, realizado na tarde de terça-feira (29), na Marina da Glória, durante o Rio Boat Show. Hoje, 80% das mercadorias comercializadas globalmente são transportadas por navios e a previsão da Organização das Nações Unidas (ONU) é que, até 2027, o comércio marítimo global cresça 2,1%. 

      Pesquisas indicam que os navios são, atualmente, uma das maiores fontes de poluição no setor de transporte, e um cruzeiro, por exemplo, emite, em média, o dobro de CO2 por ageiro comparado a um avião na mesma distância. Entretanto, um novo projeto brasileiro promete inaugurar uma nova era na transição energética náutica e naval no mundo, com a produção dos primeiros barcos movidos a hidrogênio verde produzido a bordo e com emissão zero de carbono. Liderada pelo JAQ junto ao Itaipu Parquetec, centro referência na produção de hidrogênio verde (H2V) no Brasil, a iniciativa contempla a criação de duas embarcações, a Explorer H1 e a Explorer H2, ambas 100% sustentável. O protótipo da Explorer H1 também foi apresentado ao público durante o evento náutico, que segue até domingo (4). O barco pronto será exposto pela primeira vez na COP30, em novembro de 2025, em Belém (PA).

      “A náutica sempre fez parte da minha vida e é nossa missão contribuir com soluções que impactam no desenvolvimento e também na sustentabilidade, não apenas no mundo náutico, mas também no setor naval de maneira mais ampla. ei a entender melhor sobre o potencial do hidrogênio verde e enxergar como uma grande solução limpa para a indústria”, comenta Paciornik. “Como presidente de Grupo Náutica e de unidades como a Boat Show Eventos e a JAQ, que atuam nesse setor, tenho a convicção de que a sustentabilidade será o futuro”, completa.

      De acordo com Paciornik, o projeto será estruturado em três fases distintas e conta com um investimento de cerca de R$ 150 milhões. A primeira fase contempla o lançamento da Explorer H1, uma embarcação que funcionará exclusivamente em exposições e terá suas áreas internas ‘alimentadas’ por hidrogênio verde, sem emissão de carbono. Na segunda fase, o mesmo modelo será adaptado para operar com motores híbridos: 20% de hidrogênio e 80% de óleo diesel. Essa mudança permitirá reduzir em até 80% as emissões de CO2 do barco. No entanto, durante essa fase, o Explorer H1 ainda precisará ser abastecido em postos de hidrogênio, já que não terá capacidade de produzir o combustível a bordo. Por fim, na terceira fase, prevista para o próximo ano, será lançado o Explorer H2, que terá a capacidade de extrair água do mar, dessalinizar e gerar on board o hidrogênio necessário para sua propulsão, operando assim de forma 100% sustentável e sem emissões de carbono.

      “Nossa inovação é criar um sistema que gera hidrogênio diretamente do barco, o que é um grande desafio devido às condições do mar, como as ondas e o clima. O processo, chamado de eletrólise, começa com a água do mar. Primeiro, a água é dessalinizada, ou seja, o sal é retirado, e depois o hidrogênio é separado do oxigênio. Esse processo quebra a molécula de água, liberando oxigênio puro. Na sequência, o hidrogênio se une novamente ao oxigênio, o que gera eletricidade para o barco e a emissão de vapor de água, que torna o processo 100% limpo. Se o barco for movido por motores elétricos, essa energia vai para os motores. É um ciclo totalmente sustentável. E o mais importante: este é o primeiro sistema do mundo que faz isso a bordo de um barco”, explica Eduardo Colunna, diretor de Inovação Marítima do JAQ e presidente da Associação Náutica Acobar.

      Conheça as embarcações - A embarcação Explorer H1, com 36 metros de comprimento, está equipada com um sistema de hidrojatos, projetado para navegação em águas rasas, e será a primeira a ser apresentada na COP30. Atualmente, encontra-se no estaleiro Inace, em Fortaleza (CE). A Explorer H2, com 50 metros de comprimento, está em fase de desenvolvimento no Estaleiro do Arpoador, no Guarujá (SP), e será destinada a apoiar operações de mergulho, além de realizar coleta de dados hidrográficos e oceanográficos. Este modelo contará com um motor da marca alemã MAN, que pode operar tanto com diesel quanto com hidrogênio. Após a apresentação da Explorer H1, a segunda fase do projeto será focada na conclusão e entrega da Explorer H2, com previsão para 2026.

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