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      Brasil e China avançam em parceria estratégica com foco em infraestrutura e inovação

      Memorando assinado por Rui Costa e Zheng Shanjie oficializa primeira etapa do Plano de Cooperação, impulsionando investimentos chineses no Novo PAC

      Os presidentes Xi e Lula se cumprimentam durante a abertura da Cúpula China-Celac (Foto: Ricardo Stuckert)
      José Reinaldo avatar
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      247 - Em cerimônia realizada nesta terça-feira (13), no Grande Palácio do Povo, na capital chinesa, Brasil e China deram um o significativo no aprofundamento da parceria estratégica bilateral. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China, Zheng Shanjie, am um memorando de entendimento que formaliza a primeira etapa do Plano de Cooperação entre os dois países. A informação é da agência de notícias do Governo Federal.

      O documento marca o início de uma agenda ambiciosa de desenvolvimento conjunto em setores cruciais como infraestrutura, inovação tecnológica, saúde e transição ecológica. “Vamos montar fóruns específicos para avançar a participação, por exemplo, na área ferroviária, na produção de trens, de metrôs, de VLTs, como também um fórum especial para que eles possam acompanhar processos de leilões de estradas, de portos e aeroportos”, afirmou Rui Costa após a .

      A parceria foi originalmente consolidada em novembro de 2024, durante a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil, ocasião em que foi estabelecido o alinhamento entre programas estratégicos como o Novo PAC, o Plano Nova Indústria Brasil e o Plano de Transformação Ecológica, com a Iniciativa Cinturão e Rota da China. O objetivo é criar sinergias entre as políticas de desenvolvimento das duas maiores economias do Sul Global.

      “Estamos aqui para materializar aquilo que assinamos em novembro, o compromisso mútuo entre os dois países. Todos esses acordos buscam parcerias para o desenvolvimento tecnológico, com a formação de talentos, instalação de centros de desenvolvimento tecnológico e a produção no Brasil de empresas chinesas associadas às empresas brasileiras”, destacou o ministro brasileiro.

      Costa também lembrou de visitas anteriores à China, quando manteve encontros com empresários interessados em investir no Brasil. “Estamos buscando transformar isso em emprego, em renda, em investimento, em cooperação técnica, em formação de profissionais para a área de tecnologia, ou seja, avançar parcerias com as universidades e com os institutos de pesquisas”, acrescentou.

      O memorando representa o resultado de um trabalho de articulação conduzido pela Casa Civil com apoio de outros ministérios brasileiros, que culminou na viabilização de mais de 20 atos bilaterais assinados durante a visita oficial. Rui Costa enfatizou o simbolismo desses compromissos: “Quando os países se encontram e fazem um acordo, nós temos que comemorar. Significa que duas nações chegaram em um entendimento”.

      Durante os preparativos da viagem, em abril, Rui Costa esteve em missões em Pequim e Xangai, onde promoveu uma intensa agenda de reuniões com empresas públicas e privadas chinesas nas áreas de infraestrutura, saúde e tecnologia. O objetivo foi pavimentar novas parcerias e atrair investimentos para empreendimentos estratégicos da carteira do Novo PAC.

      Antes da viagem à China, o ministro também recebeu em Brasília o embaixador chinês Zhu Qingqiao e executivos de empresas com forte presença internacional. Entre os temas abordados estavam o armazenamento de energia, concessões de rodovias, cooperação com estaleiros nacionais, produção industrial, comércio bilateral e inteligência artificial.

      A dos atos contou com a presença dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping. O líder chinês ressaltou a importância da amizade entre os dois países. “Para o desenvolvimento constante e profundo entre a China e o Brasil, concordamos que essa amizade China-Brasil tem uma base bem sólida. Os dois países possuem interesses comuns e grande espaço para realizar maior cooperação”, afirmou Xi. “Vamos nos manter fiéis à nossa aspiração inicial, de assumir a responsabilidade pelo progresso humano e pelo desenvolvimento global”.

      O presidente Lula, por sua vez, celebrou o momento como um marco histórico para o Brasil, em meio a um cenário internacional incerto e fragmentado. “A relação entre o Brasil e a China nunca foi tão necessária. A Comunidade de Futuro Compartilhado por um Mundo mais Justo e um Planeta Sustentável, que estabelecemos em novembro ado, é uma alternativa às rivalidades ideológicas”, declarou o presidente brasileiro. “China e Brasil estão determinados a unir suas vozes contra o unilateralismo e o protecionismo”.

      Lula enfatizou ainda o dinamismo da relação bilateral. “Os quase 30 atos que assinamos hoje comprovam o dinamismo que o presidente Xi e eu temos imprimido ao relacionamento bilateral. Não é exagero dizer que, apesar dos mais de quinze mil quilômetros que nos separam, nunca estivemos tão próximos”, concluiu.

      Cooperação em diversas frentes

      O Plano de Cooperação Brasil-China prevê ações em áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável e tecnológico dos dois países. Entre os setores incluídos estão: transporte multimodal de cargas; indústria naval; produção de medicamentos, vacinas e equipamentos médicos; ciência, tecnologia e inovação; inteligência artificial; satélites e telecomunicações; energias limpas e renováveis; transmissão de energia de ultra-alta tensão; políticas de proteção ambiental; gestão de emergências e desastres; formação de recursos humanos e desenvolvimento de cidades inteligentes.

      Ao reunir os interesses de longo prazo das duas nações, o acordo reflete uma convergência crescente entre o Brasil e a China na defesa do multilateralismo, da cooperação Sul-Sul e do fortalecimento de uma ordem internacional mais equilibrada. O memorando assinado nesta terça-feira representa não apenas uma aproximação econômica, mas também uma afirmação política de que é possível construir um novo modelo de parceria estratégica entre países em desenvolvimento.

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