Celeridade de Alexandre de Moraes alarma investigados na trama golpista
Ministro do STF mantém ritmo acelerado na tramitação do caso, elevando a tensão entre os denunciados
247 - A rápida condução do processo envolvendo a trama golpista pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem colocado os investigados em estado de alerta. Conforme noticiado por Malu Gaspar, do jornal O Globo, a celeridade com que Moraes tem tratado o caso reforça a percepção de que a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) será aceita sem dificuldades pela Primeira Turma do STF e que o desfecho do processo pode ocorrer ainda em 2025, antes do próximo ciclo eleitoral.
Advogados dos investigados, que falaram sob anonimato, manifestam preocupação com o andamento do caso. "Estão julgando isso a toque de caixa para finalizar esse processo ainda neste ano. A denúncia será recebida por unanimidade", afirmou um dos defensores. Outro advogado, que representa um militar denunciado, expressou indignação com a velocidade do trâmite: "Moraes jogou diretamente na Turma para evitar recurso (para o plenário). Processo anda minuto a minuto, você já viu isso"> if (googletag && googletag.apiReady) { googletag.cmd.push(() => { googletag.display(id); }); }
Bolsonaro, que está inelegível até 2030 após condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), criticou o andamento do processo. "Parece que o devido processo legal, por aqui, funciona na velocidade da luz. Mas só quando o alvo está em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto para Presidente da República nas eleições de 2026", publicou ele em seu perfil na rede social X.
A denúncia da PGR, assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, é mais severa do que o relatório da Polícia Federal, apresentado em novembro de 2024. Bolsonaro foi denunciado por cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, podendo enfrentar uma pena de até 43 anos de prisão.
Além disso, a acusação formal da PGR aponta que Bolsonaro teria tido conhecimento e anuído ao plano "Punhal Verde Amarelo", que previa o assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do próprio Moraes. O relatório da PF já havia indicado que documentos ligados à conspiração foram impressos dentro do Palácio do Planalto e posteriormente levados ao Palácio da Alvorada, mas não incluiu essa acusação específica contra o ex-presidente.
O julgamento iminente na Primeira Turma do STF pode ser um divisor de águas na cena política brasileira, com potencial de acelerar punições aos envolvidos e consolidar o entendimento da Corte sobre os eventos golpistas. A rapidez do processo reforça a sinalização do Supremo de que a resposta institucional aos atos antidemocráticos não será postergada.