Conib "distorce e manipula" as falas de Lula, critica Gleisi
Ministra reage à acusação da Confederação Israelita do Brasil contra o presidente Lula por suposto antissemitismo
247 - A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (2), após a Confederação Israelita do Brasil (Conib) acusar o mandatário de promover antissemitismo em suas falas sobre o genocídio palestino em Gaza. Segundo Gleisi, a entidade tem distorcido de forma sistemática os posicionamentos do presidente em relação ao massacre da população palestina.
“Mais uma vez a Confederação Israelita do Brasil distorce e manipula declarações do presidente Lula sobre o massacre da população Palestina em Gaza”, escreveu a ministra em sua conta oficial nas redes sociais. Gleisi enfatizou que Lula “sempre distinguiu a comunidade judaica do governo de extrema-direita de Israel, que conduz a política de extermínio em Gaza”. Ela concluiu afirmando que “dizer a verdade é essencial quando se quer promover a paz”.
A reação da ministra veio após a Conib divulgar uma nota oficial no domingo (1), na qual acusa Lula de "deturpar a realidade" com o objetivo de atacar o Estado de Israel. “O presidente Lula mais uma vez se dedica a deturpar a realidade para atacar e vilificar o Estado judeu”, afirmou a entidade, referindo-se às falas do presidente como “um libelo antissemita”. A Conib também alegou que “Israel não pratica genocídio em Gaza” e que o país age em legítima defesa contra o Hamas, que, segundo a nota, “se esconde atrás de civis palestinos”.
Na sexta-feira (30), durante um evento no Palácio do Planalto, o presidente Lula voltou a expressar profunda indignação com a violência na Faixa de Gaza: “sofremos o dia inteiro com o que acontece lá na Palestina, com aquela matança de mulher e de criança todo santo dia, uma coisa sem compreensão”. No domingo, o governo federal emitiu uma nota condenando, "nos mais fortes termos, o anúncio pelo governo israelense, realizado no dia 29 de maio, da aprovação de 22 novos assentamentos na Cisjordânia, território que é parte integrante do Estado da Palestina". O Itamaraty apontou "flagrante ilegalidade perante o direito internacional" e desrespeito ao "parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça de 19 de julho de 2024, que considerou ilícita a contínua presença de Israel no território palestino ocupado".
A Conib, então, reagiu com acusações infundadas de antissemitismo, como faz com todos que se opõem ao holocausto palestino na Faixa de Gaza.
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