Entenda o que é a lista de difusão vermelha da Interpol e como ela pode acelerar a prisão de Carla Zambelli
Deputada condenada a 10 anos de prisão pelo STF pode ter dados compartilhados com polícias de quase 200 países caso Interpol aceite o pedido de inclusão
247 - A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pode entrar na lista de Difusão Vermelha da Interpol. O ministro Alexandre de Moraes solicitou oficialmente a inclusão do nome da parlamentar no sistema, após ela anunciar que deixou o país e ter sua prisão preventiva decretada. As informações são do g1.
A Difusão Vermelha é um mecanismo da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), com sede em Lyon, na França, que permite a cooperação entre forças de segurança de 196 países. Quando um nome é incluído, os dados pessoais, a fotografia, os crimes imputados e o mandado de prisão nacional am a ser compartilhados internacionalmente. Com isso, qualquer polícia de país membro pode localizar e prender o indivíduo, facilitando sua extradição.
Apesar do pedido feito pelo Brasil, a inclusão não é automática. A Secretaria-Geral da Interpol analisa se o caso atende aos critérios internacionais, como a ausência de motivações políticas, raciais, religiosas ou de origem — uma etapa obrigatória para garantir a neutralidade da organização. Só após essa análise é que o nome pode ser oficialmente divulgado no sistema global.
Zambelli foi condenada por envolvimento na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, com a prisão preventiva decretada, ou a ser considerada foragida. Caso a Difusão Vermelha seja emitida, sua localização e eventual prisão em território estrangeiro podem ser viabilizadas com muito mais rapidez. Criada em 1947, a Difusão Vermelha foi o primeiro banco de dados da Interpol.
Desde os anos 1980, os registros aram a ser digitalizados. Hoje, além da Difusão Vermelha, a Interpol opera com outros alertas de cores distintas e 19 bancos de dados, que incluem desde impressões digitais e DNA até documentos falsificados e tráfico de obras de arte.
Um exemplo recente da eficácia do sistema foi a prisão de Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, ligado ao PCC, após cinco anos foragido. Ele foi localizado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, graças ao banco de dados biométricos da Interpol.
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