“Entregamos tudo o que o Ibama desenhou como necessário”, diz Magda Chambriard sobre exploração na Margem Equatorial
A presidente da Petrobras diz estar otimista com a liberação do Ibama para explorar na região
247 - A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, reforçou nesta quarta-feira (16) o compromisso da estatal com a exploração de petróleo na Margem Equatorial, enquanto aguarda o aval final do Ibama para iniciar a perfuração do primeiro poço na região. As declarações foram feitas durante evento na Coppe/UFRJ, no Rio de Janeiro. As informações são do jornal O Globo.
A executiva destacou que a Petrobras tem interesse em todas as áreas do país que estejam disponíveis para exploração. A fala ocorre após a Agência Nacional do Petróleo (ANP) anunciar a inclusão de quatro setores da Foz do Amazonas no 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC). “Sempre temos interesse e sempre olhamos áreas no Brasil onde quer que elas estejam. Ainda não vou dizer em quais áreas demonstramos interesse (para o leilão), mas temos interesse em todas as áreas do Brasil”, disse.
A companhia ainda aguarda o licenciamento ambiental definitivo para iniciar atividades na região. Magda se mostrou confiante na liberação do processo. “Sou otimista. Entregamos tudo que o Ibama desenhou como necessário. O órgão ambiental do Amapá já licenciou. E agora precisamos da fiscalização do Ibama”, afrmou.
A Petrobras também inaugurou recentemente um centro de recuperação de fauna em Oiapoque, no Amapá, que era uma das últimas exigências do Ibama para conceder a licença ambiental na região.
Outro tema abordado por Magda Chambriard no evento foi a política de preços dos combustíveis. A presidente da estatal afirmou que os reajustes no valor do diesel são analisados a cada 15 dias, com base na cotação do petróleo no mercado internacional e na variação do dólar.
“A gente olha os preços de 15 em 15 dias. Toda hora estamos olhando. O preço do combustível faz parte do nosso dia a dia. Isso tem procedimento interno. E gosto de dizer que é uma prestação de contas. A gente não tem nenhum conselheiro que reclama disso. Temos o nosso monitoramento. Quando o petróleo e o câmbio sobem, a gente olha. Quando petróleo e dólar descem, a gente olha e vê como o produto está se comportando”, explicou.
No último dia 31 de março, a Petrobras anunciou uma redução de R$ 0,17 por litro no preço do diesel nas refinarias, o que representou uma queda de 4,6%. Apesar da diminuição, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) apontou que o preço da estatal segue 5% acima da média internacional. A gasolina, por sua vez, está 4% mais cara.
Magda também comentou sobre os impactos da volatilidade no mercado internacional e defendeu uma política de preços que evite rear instabilidades externas ao consumidor brasileiro.
“Com cuidado, vamos olhando isso. Temos obrigação de olhar isso corriqueiramente. A palavra confusão expressa muito o que temos pela frente. Não podemos trazer para o Brasil confusões que não são nossas. Imagina ter que completar o tanque porque o preço pode subir ou descer. Vamos evitar volatilidade e sobressalto para a sociedade”, afirmou.
Durante o evento, a Petrobras e a Coppe/UFRJ am um termo de cooperação para o desenvolvimento de um equipamento destinado a reduzir perdas durante o escoamento de óleo e gás. A estrutura contará com uma tubulação de cerca de 150 metros, onde será possível estudar a formação de substâncias que obstruem os dutos, contribuindo para o avanço tecnológico na área.
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