Fraude no INSS pode ter atingido até 8 milhões de beneficiários, apontam investigações
Em abril, descontos indevidos ultraaram R$ 400 milhões; número de vítimas pode corresponder a um quinto dos aposentados e pensionistas
247 - As investigações sobre o esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) continuam a revelar dimensões alarmantes. Segundo revelou o site Relatório Reservado, com base em uma fonte da própria Polícia Federal, o número de aposentados e pensionistas lesados por descontos indevidos pode chegar a 8 milhões — o equivalente a cerca de 20% dos 41 milhões de beneficiários do instituto.
De acordo com a mesma fonte, o volume de recursos desviados também cresceu de forma expressiva. Em abril, os descontos autorizados fraudulentamente superaram os R$ 400 milhões, um salto de 60% em relação a fevereiro, quando o total era de aproximadamente R$ 250 milhões. A escalada aconteceu mesmo após as primeiras denúncias chegarem ao então ministro da Previdência, Carlos Lupi, o que levanta suspeitas de omissão e alimenta críticas à gestão da pasta.
Os dados expõem não apenas a extensão do prejuízo, mas também o grau de organização e audácia da rede de fraudes que atuava dentro do INSS. Segundo a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), entidades sindicais cadastravam beneficiários sem consentimento e promoviam descontos mensais em seus pagamentos, com o auxílio de servidores públicos que recebiam propina para liberar os registros. Há casos de segurados que foram associados a mais de uma entidade em um único dia.
Procurado, o INSS não se manifestou especificamente sobre os novos dados revelados. O órgão apenas reiterou a nota oficial divulgada anteriormente, na ocasião em que as fraudes foram tornadas públicas pela Polícia Federal.
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