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      Governo Lula vê Maduro escalando crise diplomática 'sozinho' e analisa reação

      Avaliação é que tanto o Planalto quanto o Itamaraty devem optar pelo silêncio, a fim de preservar a comunicação com Nicolás Maduro e a oposição venezuelana

      Lula e Nicolás Maduro (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria)

      247 - O alto escalão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) analisa a escalada de tensão provocada pelo governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro, que, segundo fontes diplomáticas, parece estar "escalando sozinho" uma crise com o Brasil. Segundo o jornal O Globo, apesar dos ataques à figura do presidente e à diplomacia brasileira, os interlocutores envolvidos na discussão consideram que tanto o Planalto quanto o Itamaraty devem optar pelo silêncio, a fim de preservar a comunicação com Maduro e a oposição venezuelana.

      Nesta quarta-feira (30), o governo da Venezuela chamou seu embaixador no Brasil para consulta e ao mesmo tempo convocou o encarregado de negócios brasileiro em Caracas por "declarações intervencionistas" do governo brasileiro, segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores venezuelano.

      A ação, um sinal de descontentamento diplomático, ocorre após o veto informal do Brasil à entrada da Venezuela no BRICS, uma decisão que Maduro não escondeu seu inconformismo. Um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Venezuela criticou abertamente o assessor para assuntos internacionais do Planalto, Celso Amorim, chamando-o de "mensageiro do imperialismo norte-americano" e acusando-o de emitir juízos sobre questões que, segundo eles, deveriam ser de responsabilidade exclusiva dos venezuelanos.

      A palavra "interlocução" foi utilizada repetidamente por Amorim na última terça-feira (29), quando justificou a posição do Brasil de manter um silêncio estratégico e permitir que Maduro e seus auxiliares falassem sozinhos. Durante uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, Amorim reconheceu o "mal-estar" nas relações entre os dois países e enfatizou a importância de o Brasil continuar a se posicionar como um interlocutor na Venezuela, apesar dos atritos diplomáticos que se intensificaram após as eleições presidenciais no país vizinho.

      "Se o Brasil quiser ter uma influência positiva [na Venezuela], precisamos manter uma interlocução. Estamos mantendo uma interlocução, mas o nível dela diminuiu desde a eleição", afirmou Amorim, referindo-se à necessidade de diálogo contínuo, mesmo em um cenário de tensões.

      A crise se acentuou após o anúncio, em 28 de julho, do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, que declarou a vitória de Maduro nas eleições. A oposição, por sua vez, alegou que o verdadeiro vencedor foi Edmundo González, que fugiu para a Espanha para evitar prisão, o que gerou ainda mais incerteza e desconfiança nas relações bilaterais.

      Na segunda-feira, Maduro atacou diretamente o Itamaraty em seu programa semanal de televisão, acusando-o de ser um "poder dentro do poder" no Brasil e de conspirar contra a Venezuela por muitos anos, associando a chancelaria brasileira ao Departamento de Estado dos Estados Unidos desde a época do golpe de Estado contra João Goulart.

      Para um embaixador de destaque, "doeu o Brics, e eles [os venezuelanos] não sabem disfarçar". Ao ser questionado sobre a situação durante a audiência pública, Amorim reiterou que a entrada da Venezuela no bloco, neste momento, não contribuiria para o funcionamento efetivo do BRICS, o que repercutiu de forma negativa junto ao governo venezuelano.

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