Marina defende multilateralismo climático em encontro Brasil-China
"Só existe saída para a crise ambiental global por processos multilaterais", afirmou a ministra
247 - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, avalia que a retirada dos Estados Unidos de compromissos climáticos internacionais, após a eleição do presidente Donald Trump, causou graves prejuízos aos esforços de combate à mudança climática, mas também serviu para abrir espaço para a cooperação com outros países e blocos.
Segundo a ministra, a China lidera em tecnologias para combater as mudanças climáticas, e o governo brasileiro busca firmar parcerias em uma série de setores, especialmente na área de reflorestação.
"Estamos fazendo todo um processo de atualização da agenda na área de meio ambiente, clima, restauração florestal, combate à desertificação, soluções baseadas na natureza e substitutos para os plásticos, principalmente olhando para a poluição dos oceanos", detalhou a ministra a jornalistas às margens do Fórum Brasil-China, realizado nesta segunda-feira (12), em Pequim, sob organização da Apex Brasil.
"Estamos aprofundando esses mecanismos [de crédito de carbono], a China tem uma perspectiva diferente em relação ao mercado. Trabalhamos sobretudo na perspectiva de restauração, porque eles têm uma experiência muito grande aqui de restauração, fruto de reflorestamento numa escala inimaginável. Isso fará parte da nossa meta de redução de CO2", acrescentou.
Diante da eleição de Trump e da saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, o Brasil e demais países comprometidos com o enfrentamento das mudanças climáticas devem unir esforços — e a China desponta como liderança nesse cenário, de acordo com a ministra.
"A presença chinesa é importante principalmente nesse contexto geopolítico desafiador, com a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris. O Brasil está trabalhando uma agenda robusta com a China na área de restauração, combate à desertificação, financiamento e meios de implementação, e fortalecimento da agenda Sul-Sul na questão climáticaNecessidade do fortalecimento do multilateralismo de um modo geral e, em particular, o multilateralismo climático. Não existe saída para a crise ambiental global a não ser por processos multilaterais robustos, substituindo a competição pela colaboração", afirmou.
Segundo a ministra, a saída dos EUA do Acordo de Paris é um "grande prejuízo" e um "espaço para continuarmos a agenda de cooperação com todos países".
Silva ressaltou que a China desponta como líder em tecnologias para enfrentamento das mudanças climáticas e que o governo brasileiro trabalha para consolidar parcerias em múltiplos setores estratégicos.
"Estamos fazendo todo um processo de atualização da agenda na área de meio ambiente, clima, restauração florestal, combate à desertificação, soluções baseadas na natureza, substitutos para os plásticos, principalmente olhando para a poluição dos oceanos", disse a ministra.
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