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      PF desmonta esquema nacional de fraudes biométricas em contas do gov.br

      Operação mira grupo que utilizava manipulação facial para burlar autenticação de serviços públicos digitais e ar benefícios de forma ilegal

      Agente da Polícia Federal e servidor da Controladoria-Geral da União (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
      Laís Gouveia avatar
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      247 - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (13) uma operação de grande envergadura contra uma organização criminosa especializada em fraudar o sistema de autenticação biométrica da plataforma gov.br. A informação foi divulgada inicialmente pela TV Globo. De acordo com as investigações, os criminosos empregavam sofisticadas técnicas de manipulação de imagem facial com o objetivo de enganar o sistema de verificação de identidade usado em serviços digitais do governo federal.

      O grupo é acusado de adulterar digitalmente traços faciais de terceiros — tanto de pessoas vivas quanto de cidadãos já falecidos — para ar contas pessoais vinculadas à plataforma e, a partir delas, obter indevidamente valores a receber do Banco Central e autorizar operações de crédito consignado por meio do aplicativo Meu INSS.

      Segundo apuração da TV Globo, os investigados conseguiram contornar o sistema conhecido como liveness detection, ferramenta que garante a autenticidade da imagem capturada no reconhecimento facial. Esse recurso é utilizado para verificar se a biometria pertence a uma pessoa real e presente, impedindo fraudes por meio de imagens estáticas, vídeos ou máscaras. A violação desse sistema indica o uso de recursos tecnológicos avançados, como simulações faciais por inteligência artificial ou reconstruções em tempo real, ainda sob apuração.

      A ofensiva da Polícia Federal cumpre cinco mandados de prisão temporária e 16 mandados de busca e apreensão em nove unidades da federação: São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins.

      As investigações revelaram que os criminosos operavam em duas frentes distintas. Na primeira, utilizavam dados de pessoas falecidas para ar valores residuais registrados no sistema de “valores a receber” do Banco Central. Na segunda, atuavam diretamente em contas ativas de cidadãos vivos, com o intuito de viabilizar movimentações financeiras ilícitas e simular autorizações no sistema previdenciário.

      Os suspeitos poderão responder por crimes como invasão qualificada de dispositivo informático e associação criminosa. As penas podem chegar a mais de oito anos de reclusão, a depender do grau de envolvimento de cada investigado.

      A Polícia Federal segue com a análise do material apreendido e não descarta novas fases da operação. As autoridades ressaltam que, diante da crescente digitalização de serviços públicos, a integridade dos sistemas de autenticação é um dos principais pilares da segurança institucional do Estado.

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