'Ainda Estou Aqui' e Fernanda Torres vencem prêmio Platino
O cineasta Walter Salles levou o prêmio de melhor direção
247 - O filme "Ainda Estou Aqui" venceu o prêmio de melhor filme no Prêmio Platino e a atriz Fernanda Torres ganhou o troféu de melhor interpretação feminina pelo papel de Eunice Paiva. O cineasta Walter Salles levou o prêmio de melhor direção. A premiação é dedicada ao audiovisual ibero-americano e foi anunciada neste domingo (27) em Madri, na Espanha.
O diretor do longa e a atriz não estiveram presentes na premiação. Os troféus foram recebidos pelo produtor Rodrigo Teixeira e pela atriz Valentina Herszage, que interpreta Veroca no longa.
Outros artistas brasileiros receberam prêmios na 12ª edição. Vicente Amorim, Patrícia Andrade, Fernando Coimbra e Luis Bolognesi ganharam na categoria de melhor criador de série ou minissérie com "Senna".
O Brasil recebeu 11 indicações. "Arca de Noé" disputou a melhor animação, "Senna" concorreu também em melhor interpretação masculina (Gabriel Leone) e ator coadjuvante (Hugo Bonner), e "Cidade de Deus - A Luta Não Para", foi indicado a melhor minissérie, interpretação masculina (Alexandre Rodrigues) e interpretação feminina (Andreia Horta).
A série "Cem Anos de Solidão" e o filme "Infiltrada" foram os principais vencedores. Foram cinco troféus para cada um.
O Platino é organizado pela Federação Ibero-Americana de Produtores Cinematográficos e Audiovisuais (FIPCA) e pela Entidad de Gestión de Derechos Audiovisuales (EGEDA).
O filme
Em março, o cinema brasileiro fez história na 97ª edição do Oscar, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, foi o grande vencedor na categoria de melhor filme internacional. Uma conquista inédita para o cinema brasileiro.
O filme brasileiro superou Emilia Pérez (França), A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha), A Garota da Agulha (Dinamarca) e Flow (Letônia).
Walter Salles dedicou a conquista para Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido na ditadura, cuja busca em saber o destino do marido norteou o roteiro do filme. Em seu discurso de agradecimento, o cineasta brasileiro também ressaltou os trabalhos de Fernanda Torres, e sua mãe, Fernanda Montenegro.
Com suas indicações, o filme de Walter Salles sobre o desaparecimento do deputado Rubens Paiva (1929-1971) e a saga de sua esposa Eunice Paiva (1929-2018) já chegou vitorioso à festa da indústria cinematográfica.
O livro autobiográfico que nomeia o filme, de autoria de Marcelo Rubens Paiva, filho de Rubens e Eunice, foi para o topo das listas dos mais vendidos. O próprio caso Rubens Paiva ganhou novos desdobramentos recentemente.
Por determinação da Justiça, em janeiro deste ano a certidão de óbito do ex-deputado foi corrigida. Na versão original do documento, ele foi tido como “desaparecido político”. Na nova redação, consta agora que sua morte foi violenta, causada pelo Estado brasileiro (com Abr).
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