Ruptura entre Emicida e Fióti: irmãos travam disputa judicial após fim de parceria
O anúncio oficial da separação ocorreu em 28 de março de 2025
247 - A dissolução da parceria entre os irmãos Emicida e Fióti, fundadores da Laboratório Fantasma, evoluiu para uma batalha judicial que surpreendeu fãs e profissionais da indústria musical. Segundo informações divulgadas pelo portal Hugo Gloss em 31 de março de 2025, o rompimento profissional entre os dois artistas resultou em acusações mútuas e processos legais que correm em segredo de Justiça. As infomações são do jornalista Hugo Gloss.
A Laboratório Fantasma, criada em 2009 na Zona Norte de São Paulo, destacou-se como um projeto afro-empreendedor que transcendeu a música, expandindo-se para moda, produção cultural e eventos. A empresa foi responsável por projetos significativos na cena contemporânea, incluindo colaborações com artistas como Criolo, Boogarins e Caetano Veloso, além do aclamado álbum "AmarElo", que rendeu a Emicida um Grammy Latino em 2020.
O anúncio oficial da separação ocorreu em 28 de março de 2025. Emicida divulgou uma nota sucinta informando que, a partir daquela data, Evandro Roque de Oliveira, conhecido como Fióti, não representaria mais os interesses de sua carreira artística. Fióti, por sua vez, em comunicado mais detalhado, expressou sua intenção de focar na carreira musical e em consultoria estratégica para outros artistas, agradecendo à mãe, Dona Jacira, e solicitando respeito neste momento delicado. A ruptura também se refletiu nas redes sociais, onde os irmãos deixaram de se seguir mutuamente, e fãs notaram que até Dona Jacira não acompanha mais o perfil de Emicida.
Documentos judiciais indicam que a dissolução da parceria teve início em novembro de 2024, quando Emicida teria solicitado o desligamento de Fióti do quadro societário da Laboratório Fantasma. A ação alega que Emicida revogou, sem aviso prévio, a procuração do irmão, bloqueou seu o a contas bancárias — inclusive de empresas em que Fióti figura como único sócio — e comunicou aos funcionários que Fióti não responderia mais por atos de gestão.
No processo, Fióti solicita, em caráter de urgência, que a Justiça impeça movimentações financeiras nas contas da empresa sem a de ambos os sócios e que nenhum novo contrato seja firmado sem o consentimento de ambos. Ele também requer que Emicida não se apresente como único proprietário da Laboratório Fantasma e que os valores disponíveis sejam preservados até a devida prestação de contas, alegando risco de dano grave e irreversível.
A defesa de Emicida argumenta que, desde a fundação da empresa, ele sempre deteve a maior parte da sociedade, com 90% das cotas, enquanto Fióti possuía os 10% restantes. Até o momento, Emicida não se pronunciou oficialmente sobre o processo. Procurados pelo portal Hugo Gloss, ambos os artistas não responderam até o fechamento da matéria, mas o canal permanece aberto para futuras declarações.
A Laboratório Fantasma sempre foi reconhecida por sua contribuição significativa à cultura brasileira, promovendo a diversidade e dando voz a artistas independentes. O desdobramento dessa disputa judicial entre seus fundadores lança uma sombra sobre o futuro da empresa e levanta questões sobre a continuidade de seus projetos e iniciativas.
Fãs e colegas do meio artístico manifestam preocupação e torcem por uma resolução amigável que preserve não apenas os laços familiares, mas também o legado cultural construído ao longo dos anos por Emicida e Fióti.
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