window.dataLayer = window.dataLayer || []; window.dataLayer.push({ 'event': 'author_view', 'author': 'Paulo Emilio', 'page_url': '/economia/acoes-dos-eua-caem-com-escalada-da-guerra-comercial-com-china' });
TV 247 logo
      HOME > Economia

      Ações dos EUA caem com escalada da guerra comercial com China

      Índice S&P 500 caía 5,2% na tarde desta quinta-feira, enquanto o Nasdaq recuava 6,1% e o Dow Jones Industrial Average tinha queda de 4,5%.

      Donald Trump e Bolsa de Valores em queda (Foto: REUTERS)
      Paulo Emilio avatar
      Conteúdo postado por:

      Reuters - Os mercados acionários dos Estados Unidos caíam nesta quinta-feira, devolvendo parte dos enormes ganhos que se seguiram à decisão do presidente Donald Trump na véspera de reduzir temporariamente suas tarifas sobre dezenas de países, com os investidores avaliando a situação da sua guerra comercial global.

      O índice S&P 500 caía 5,2% na tarde desta quinta-feira, enquanto o Nasdaq recuava 6,1% e o Dow Jones Industrial Average tinha queda de 4,5%.

      A União Europeia disse que fará uma pausa em suas primeiras contratarifas, e mais de uma dúzia de países fizeram ofertas aos Estados Unidos, de acordo com o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett.

      A decisão repentina de Trump na quarta-feira de congelar a maioria de suas novas e pesadas tarifas por 90 dias trouxe alívio para os mercados e para os líderes globais, mesmo quando ele intensificou a guerra comercial com a China.

      No entanto, a abordagem de Trump ainda deixa as empresas preocupadas com as possíveis consequências e com dificuldades para se preparar para o que pode acontecer em três meses.

      Sua reviravolta, menos de 24 horas após o início das tarifas, ocorreu após o episódio mais intenso de volatilidade do mercado financeiro desde os primeiros dias da pandemia de Covid-19.

      A UE iria lançar contratarifas sobre cerca de 21 bilhões de euros de importações dos EUA na próxima terça-feira em resposta às tarifas de 25% de Trump sobre aço e alumínio. O bloco ainda avalia como responder às tarifas de automóveis dos EUA e às taxas mais amplas de 10% que permanecem em vigor.

      "Queremos dar uma chance às negociações", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no X.

      Mas ela alertou que as contratarifas podem ser restabelecidas se as negociações "não forem satisfatórias".

      O governo Trump está perto de chegar a acordos com alguns países, disse Hassett a repórteres na Casa Branca nesta quinta-feira.

      "O USTR nos informou que há talvez 15 países que já fizeram ofertas explícitas que estamos estudando e avaliando e decidindo se são boas o suficiente para apresentar ao presidente", acrescentou Hassett, referindo-se ao Escritório do Representante Comercial dos EUA.

      A queda das ações nesta sessão ocorreu apesar de dados dos EUA mostrarem que os preços ao consumidor caíram inesperadamente em março. Mas é improvável que a melhora na inflação persista se as tarifas sobre os produtos chineses continuarem em vigor.

      Trump manteve a pressão sobre a China, a segunda economia do mundo e o segundo maior fornecedor de importações dos EUA, aumentando as tarifas sobre as importações chinesas para 125%, em comparação com o nível de 104% que entrou em vigor na quarta-feira.

      A Casa Branca disse à CNBC nesta quinta-feira que isso eleva a taxa geral das novas tarifas impostas por Trump à China para efetivamente 145%, quando se leva em conta as tarifas de 20% que Trump adotou mais cedo neste ano devido a preocupações com o fentanil. Além disso, tudo o que ele impôs desde que retornou à Casa Branca este ano também se soma a outras tarifas que Trump implementou durante seu primeiro mandato.

      Antes da reviravolta de Trump, a turbulência havia apagado trilhões de dólares dos mercados de ações, gerado temores de recessão e levado a um aumento inquietante nos rendimentos dos títulos do governo dos EUA, o que pareceu chamar a atenção de Trump.

      Clay Lowery, ex-funcionário sênior do Tesouro e vice-presidente executivo do Instituto de Finanças Internacionais, disse que a reversão de Trump reflete a preocupação de que os investidores estejam retirando ativos do mercado de ações e dos Treasuries.

      "O rendimento dos Treasuries de 10 anos estava subindo e subindo vertiginosamente", disse ele. "Esse foi o evento catalisador. Ter volatilidade nos mercados, ok, mas não estamos tentando criar uma crise financeira ou um problema de estabilidade financeira aqui."

      GUERRA COMERCIAL COM A CHINA - A China rejeitou o que chamou de ameaças e chantagens de Washington.

      O país seguirá até o fim se os EUA persistirem, disse o porta-voz do Ministério do Comércio, He Yongqian, em uma coletiva de imprensa regular. A porta da China está aberta para o diálogo, mas ele deve se basear no respeito mútuo, disse o ministério.

      Pequim pode novamente responder da mesma forma, depois de já ter imposto tarifas de 84% sobre as importações dos EUA na quarta-feira.

      Trump, que afirma que as tarifas têm como objetivo corrigir os desequilíbrios comerciais dos EUA, disse que uma solução com a China também é possível. Mas autoridades afirmaram que priorizarão as negociações com outros países, já que o Vietnã, o Japão, a Coreia do Sul e outros se alinham para tentar chegar a um acordo.

      A pausa tarifária dos EUA não se aplica às tarifas pagas pelo Canadá e pelo México, porque seus produtos ainda estão sujeitos a tarifas de 25% relacionadas ao fentanil, a menos que estejam em conformidade com as regras de origem do acordo comercial entre EUA, México e Canadá.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Cortes 247

      Relacionados