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      Apple estuda ampliar montagem de iPhones para o Brasil para driblar tarifas impostas por Trump

      Com tarifas mais baixas que as aplicadas à China e Índia, fábrica da Foxconn em Jundiaí pode ganhar protagonismo na estratégia global da empresa

      iPhones em loja da Apple em Nova York - 16/10/2024 (Foto: REUTERS/Kent J. Edwards)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - A Apple avalia expandir significativamente sua operação de montagem de iPhones no Brasil como resposta às novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A informação foi revelada pela revista Exame e surge em meio ao aumento das tensões comerciais entre Washington, Pequim e Nova Délhi, que pode comprometer os planos de longo prazo da empresa para sua cadeia global de fornecimento.

      A medida colocaria a fábrica da Foxconn, em Jundiaí (SP), em uma posição estratégica. A unidade já é responsável pela montagem de modelos básicos como o iPhone 13, 14 e 15, e recebeu recentemente autorização da Anatel para iniciar a produção do iPhone 16. No entanto, os modelos mais avançados — como o iPhone 16 Pro e Pro Max — ainda são importados.

      Tarifa de Trump encarece iPhones chineses e indianos - Atualmente, cerca de metade da produção global de iPhones é feita na China, que ou a ser alvo de tarifas norte-americanas que podem elevar os custos em até 40% para o consumidor final nos Estados Unidos. A Índia, que vinha sendo alternativa promissora para a diversificação produtiva da Apple e dobrou sua produção entre 2024 e 2025, também foi afetada pelas novas medidas. A partir de 5 de abril, os aparelhos montados no país indiano enfrentarão uma taxa de importação de 26%.

      Diante desse cenário, os analistas ouvidos pela Reuters e pela consultoria Counterpoint Research estimam um possível aumento de até 40% nos preços dos iPhones nos EUA, o que pode afetar a demanda. A Apple, que vende mais de 220 milhões de unidades por ano, tem seu principal mercado justamente em solo americano. O ime agora gira em torno de duas possibilidades: absorver os custos adicionais ou reá-los aos consumidores — o que pode significar perda de competitividade.

      O impacto já se fez sentir no mercado financeiro. As ações da Apple despencaram mais de 8%, registrando o pior desempenho desde setembro de 2020.

      Brasil como alternativa logística e fiscal - Apesar de a produção nacional até hoje não ter representado uma redução significativa nos preços cobrados no mercado interno, o Brasil pode ganhar nova relevância estratégica. A Foxconn em Jundiaí opera sob um regime fiscal especial, que permite abatimentos de tributos locais. O plano da Apple, neste caso, não seria apenas atender o mercado brasileiro, mas transformar a unidade em um polo de exportação para os EUA — onde os iPhones montados no Brasil estariam sujeitos a uma tarifa de apenas 10%, percentual inferior ao aplicado à China e à Índia.

      A Apple iniciou estudos para ampliar a capacidade produtiva da unidade brasileira já no ano ado, investindo na modernização de equipamentos e atualização de processos industriais.

      Janela de oportunidade diante da crise - A consultoria Counterpoint avalia que as novas tarifas podem obrigar a Apple a revisar suas estratégias para a Índia, abrindo uma rara oportunidade para o Brasil. 

      A concretização dessa mudança, no entanto, dependerá da capacidade da fábrica em Jundiaí de escalar sua produção sem comprometer prazos de entrega, qualidade e logística. Há ainda a possibilidade de a Apple explorar rotas indiretas — exportando de países com menor carga tarifária ou buscando isenções junto ao governo norte-americano.

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