Com impulso do Minha Casa, Minha Vida, vendas de imóveis têm alta de 15,7% no primeiro trimestre
Com 102,4 mil unidades comercializadas, setor bate recorde histórico para o período.Programa habitacional foi responsável por salto de 40,9%
247 - As vendas de imóveis residenciais no Brasil somaram 102.485 unidades entre janeiro e março de 2025, marcando um crescimento de 15,7% em relação ao mesmo período do ano ado. Apesar do avanço anual, o desempenho representa uma queda de 4,2% frente ao último trimestre de 2024. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (19) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, grande parte do resultado positivo tem ligação direta com o programa federal Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que impulsionou fortemente o mercado. As unidades comercializadas por meio da iniciativa registraram alta de 1,4% frente ao quarto trimestre do ano anterior e um expressivo aumento de 40,9% na comparação com os três primeiros meses de 2024.
“O mercado imobiliário segue resiliente apesar de juros elevados”, declarou Celso Petrucci, economista e conselheiro da CBIC, durante entrevista à imprensa. Ele também destacou que “os números são recordes em termos de lançamentos e vendas para um primeiro trimestre desde início da série histórica”.
Os lançamentos imobiliários também mostraram vigor no começo de 2025. Foram 84.924 novas unidades colocadas no mercado no primeiro trimestre, representando uma elevação de 15,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando haviam sido lançadas 73.800. O Minha Casa, Minha Vida respondeu por mais da metade (53%) desse total.
Ainda conforme a reportagem, por outro lado, na comparação com o quarto trimestre de 2024, houve retração de 28,2% nos lançamentos. Petrucci explicou que esse tipo de oscilação é sazonal e prevista: “O quarto trimestre sempre é o de maior número de lançamentos por conta dos resultados anuais das companhias”, afirmou.
A pesquisa da CBIC, que abrange dados de 221 municípios — entre eles todas as capitais e regiões metropolitanas —, aponta também para uma redução no estoque de imóveis. Em março de 2025, a oferta final era de 287.980 unidades, 5,5% abaixo do volume registrado ao fim de 2024. Com esse ritmo de comercialização, estima-se que o estoque total seja absorvido em até oito meses.
O segmento voltado ao MCMV apresentou 99.518 unidades disponíveis ao final de março, queda de 5,6% em relação ao encerramento de 2024. Considerando a média de vendas dos últimos 12 meses, o tempo necessário para escoamento desse estoque é de aproximadamente seis meses e meio.
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