Dívida pública federal cai 0,87% em janeiro, para R$ 7,253 trilhões
Tesouro Nacional também registrou uma redução de custo do estoque e um alongamento do prazo médio dos títulos públicos
Por Bernardo Caram
BRASÍLIA (Reuters) - A dívida pública federal caiu em janeiro, em meio a um ambiente externo mais benigno que provocou recuo dos juros futuros no país, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira, notando que o custo médio do estoque caiu, embora as novas emissões não tenham seguido essa tendência.
O recuo na dívida pública federal foi de 0,87% em janeiro ante dezembro, a R$7,253 trilhões, sendo observado também alongamento do prazo médio dos títulos públicos.
De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Helano Borges, o mês de janeiro foi marcado por uma melhora significativa nos mercados após o estresse observado em dezembro.
“A gente observou um recuo expressivo das principais medidas de risco... em função de uma visão mais positiva do que o antecipado em relação ao impacto da guerra comercial prevista com início do novo governo nos Estados Unidos”, disse.
No período, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) somou R$6,951 trilhões, com queda de 0,23%, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) atingiu 301,8 bilhões de reais, com recuo de 13,57%.
Contribuíram para a queda da dívida pública um resgate líquido de R$79,97 bilhões no mês ado, com vencimentos expressivos no mês, movimento parcialmente neutralizado pela incorporação de juros no valor de R$63,97 bilhões.
Segundo os dados da pasta, o custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses teve uma redução no mês ado, ando de 11,80% ao ano em dezembro para 11,40%.
De acordo com Borges, o recuo é explicado principalmente por uma diversificação na composição da dívida, com mais títulos prefixados e atrelados à inflação.
Por outro lado, o custo médio das novas emissões de títulos da dívida interna subiu de 11,04% para 11,36% ao ano, diante do aperto monetário em curso no país, que encarece os títulos atrelados à Selic, que representam 48% do estoque.
O Banco Central elevou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual em janeiro, a 13,25% ao ano, prevendo mais um aumento equivalente em março. A autarquia deixou os os seguintes em aberto.
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