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      Dólar acima de R$ 6 preocupa governo e reforça urgência do compromisso fiscal, diz Guilherme Mello

      Secretário de Política Econômica alerta para impactos inflacionários e ressalta empenho de Lula em manter a credibilidade do arcabouço

      Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello (Foto: Washington Costa/MF)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – A recente alta do dólar, que ultraou a marca de R$ 6, acendeu um sinal de alerta no governo Lula. Conforme destacado em entrevista concedida ao jornal Valor, o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, avalia que a desvalorização cambial preocupa principalmente pelos efeitos nos preços internos e na inflação. Segundo ele, o quadro exige atenção redobrada, bem como aprovação de medidas de ajuste fiscal enviadas ao Congresso Nacional.

      “É evidente que uma taxa acima de R$ 6 nos preocupa, com impactos em preços”, afirmou Mello ao Valor. O secretário sublinhou que o esforço do governo para reforçar o compromisso com a regra fiscal é fundamental para atenuar as pressões no câmbio e na curva de juros. “Temos que trabalhar, aprovando as medidas que enviamos para o Congresso, demonstrando sempre o nosso compromisso com equilíbrio fiscal e com a retomada dos superávits primários”, disse, referindo-se ao pacote de ações que busca consolidar a credibilidade da política econômica.

      De acordo com Mello, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está totalmente empenhado em viabilizar o ajuste fiscal, mesmo diante da sensibilidade política do tema. “A partir do momento em que o presidente reúne seu conjunto de ministros durante mais de uma semana para tratar de um tema politicamente delicado, é óbvio que ele tem um compromisso”, afirmou, enfatizando que a sustentabilidade fiscal foi colocada no centro da agenda governamental.

      O secretário também comentou a recente decisão do Banco Central, que elevou a taxa de juros em um ponto percentual e sinalizou mais dois aumentos na mesma magnitude, numa resposta a pressões de curto prazo, sobretudo de itens como a carne. A autoridade monetária estaria reagindo não apenas a pressões inflacionárias imediatas, mas também a “expectativas que estão pressionadas”. Mello acrescentou que essas projeções infladas podem se mostrar equivocadas se a economia se desacelerar, o mercado de trabalho ficar “mais harmônico” e a produção agrícola ajudar a conter os preços.

      Com relação ao cenário para 2025, Mello relativizou o temor de sobreaquecimento econômico. Tanto as estimativas da Secretaria de Política Econômica (SPE) quanto as do próprio mercado financeiro apontam para uma desaceleração do crescimento, o que tende a reduzir o risco de pressões inflacionárias mais duradouras. “Isso retira, pelo menos do nosso cenário principal, qualquer risco de sobreaquecimento que enseje pressões inflacionárias estruturais”, destacou.

      As incertezas, contudo, não se restringem ao ambiente interno. O secretário ressaltou a influência da política econômica dos Estados Unidos e seu impacto global, alertando que o governo precisa manter o rumo, dialogar com o mercado e reafirmar seu compromisso com a responsabilidade fiscal e o controle da inflação.

      Em relação ao pacote fiscal anunciado pelo governo, Mello rebateu avaliações que consideram as medidas insuficientes. Ele argumenta que os cálculos estão gradualmente convergindo, lembrando que o montante de R$ 70 bilhões em dois anos atende às expectativas do mercado quanto ao reforço do arcabouço fiscal. “Não são medidas insuficientes ou fracas”, ressaltou, observando que o objetivo primordial dessas iniciativas não é ampliar o superávit primário, mas garantir a credibilidade e a sustentabilidade do arcabouço.

      A combinação dessas ações — compromisso fiscal do governo, atuação do Banco Central no controle da inflação e um crescimento econômico mais moderado — é vista como um caminho para recuperar a estabilidade do câmbio, da curva de juros e das expectativas inflacionárias. “Cabe a nós continuar trabalhando”, concluiu Mello, reafirmando a determinação do governo em enfrentar o atual cenário de incertezas sem perder de vista os fundamentos fiscais.

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