EUA devem enfrentar recessão no segundo semestre, prevê Instituto de Finanças Internacionais
IIF projeta queda do PIB nos dois últimos trimestres de 2025 e vê pressão inflacionária com nova política tarifária de Trump
247 - O Instituto de Finanças Internacionais (IIF) ou a incorporar uma recessão leve no cenário econômico dos Estados Unidos para o segundo semestre de 2025, com contração sequencial do PIB no terceiro e quarto trimestres. A nova projeção consta de relatório divulgado nesta segunda-feira (22), e prevê crescimento médio anual de 1,4% em 2025 e 0,8% em 2026. As informações são da CNN Brasil.
De acordo com o documento, apesar de os primeiros meses de 2025 ainda refletirem o desempenho positivo do final do ano anterior, os indicadores mais recentes começam a apontar para uma mudança de tendência. “Embora os dados concretos até o início de 2025 ainda reflitam a força residual do final do ano ado, os sinais de alta frequência estão começando a mudar. O sentimento do consumidor se deteriorou acentuadamente e o tom da comunicação das políticas continua volátil”, afirma o IIF.
A análise também alerta para o impacto da nova estrutura tarifária americana, que, segundo o instituto, pode pressionar a inflação. A previsão é de que o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) atinja 4,6% até o fim de 2025, à medida que os aumentos de custos começarem a se refletir nos preços de bens intermediários e de consumo final.
Apesar do cenário desafiador, o IIF mantém a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) começará a cortar os juros a partir da reunião de julho. O cenário-base prevê três cortes de 25 pontos-base ainda neste ano e outros três ao longo de 2026.
O mercado de trabalho também está sob observação. Segundo o relatório, os indicadores futuros de emprego estão em trajetória de desaceleração. “Os sinais ainda não estão piscando em vermelho, mas a direção é inequívoca”, afirma o instituto.
A demanda por mão de obra, especialmente em setores mais sensíveis ao ciclo econômico, tende a perder força nos próximos meses. “A demanda de mão de obra está perdendo força, principalmente nos setores ciclicamente expostos, e é provável que vejamos um enfraquecimento mais visível à medida que o aperto das políticas e os efeitos das tarifas se propagam pela economia“, conclui o IIF.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: