Favorecimento da Camex à Azul surpreende o setor aéreo
Há críticas sobre a falta de transparência, a pressa na aprovação e o possível desvirtuamento do uso do Fundo de Garantia à Exportação (FGE)
247 - A decisão da Camex (Câmara de Comércio Exterior) de autorizar o uso do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) para financiar a compra de combustível de aviação pegou o setor aéreo de surpresa.
Para integrantes da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a Azul é a principal interessada e articuladora da medida. No governo, o tom é de defesa: trata-se de crédito voluntário, e quem precisa, a, de acordo com a agência Broadcast, nesta sexta-feira (9).
A medida, aprovada pelo Cofig (Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações), órgão vinculado à Camex responsável por enquadrar e acompanhar operações do Proex e do FGE, foi levada ao governo por iniciativa da Azul, e não por meio de pleito conjunto do setor, como costuma ocorrer com o uso do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), segundo a reportagem.
A estimativa é de que até R$ 2 bilhões possam ser liberados para esse fim, com validade já neste mês, antes mesmo de medidas debatidas anteriormente, como o uso do Fnac, previsto para agosto.
A movimentação gerou desconforto em outras companhias, como Gol e Latam, e na Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que não participaram das discussões.
Há críticas sobre a falta de transparência, a pressa na aprovação e o possível desvirtuamento do uso do FGE, tradicionalmente voltado à exportação. Especialistas apontam incertezas quanto às garantias exigidas, como recebíveis de cartões ou compromissos ambientais, cuja viabilidade é vista com ceticismo.
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