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      'Lula não vai escolher entre China e EUA', diz Haddad

      “A China é o maior parceiro comercial do Brasil” e, por outro lado, “os EUA têm a tecnologia de ponta que ninguém domina”, destacou o ministro

      Fernando Haddad (Foto: Jose Cruz/Agência Brasil)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - Em meio às disputas comerciais entre as duas maiores economias do planeta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tomará partido entre Estados Unidos e China. Segundo Haddad, Lula não acredita em uma visão de mundo binária, optando por uma política externa baseada no multilateralismo: "o presidente Lula não vai fazer essa escolha, por não acreditar nesse tipo de pensamento". A declaração foi feita em entrevista ao portal UOL nesta segunda-feira (12).

      “A China é o maior parceiro comercial do Brasil, como você vai prescindir disso? O Brasil precisa exportar”, afirmou o ministro. Haddad ressaltou também a relevância das parcerias com os Estados Unidos, observando que o país norte-americano detém tecnologias de ponta fundamentais para o desenvolvimento brasileiro. “Os EUA têm a tecnologia de ponta que ninguém domina. A China está correndo atrás e fazendo um excelente trabalho, mas o Vale do Silício está na frente”, avaliou.

      O ministro relatou ainda uma conversa recente com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent. Durante o encontro, Haddad apontou o desequilíbrio nas trocas comerciais entre a América do Sul e os EUA. “Como você taxa uma região que é deficitária? Do ponto de vista econômico não faz o menor sentido”, argumentou. Segundo ele, Bessent demonstrou disposição para rever essa política. “Ele próprio reconheceu isso e disse: ‘vamos negociar, vamos sentar à mesa para negociar’”, relatou Haddad, reforçando que, em sua opinião, “os Estados Unidos deveriam olhar com mais generosidade para a América Latina e para a América do Sul”.

      A política adotada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, também foi tema da entrevista. Haddad afirmou que o republicano busca reequilibrar a balança comercial de forma “um pouco errática”, diante do incômodo gerado pela ascensão econômica da China. “Os EUA se promoveram muito com a globalização, mas talvez a China tenha se beneficiado muito mais. Isso gera incômodo para um país que até outro dia enfrentou a União Soviética e o Japão, agora está com um desafio maior: a China é uma potência militar, uma potência econômica”, destacou.

      Redução temporária de tarifas - As declarações de Haddad coincidem com o anúncio conjunto feito nesta segunda-feira por Washington e Pequim, em que os dois países concordam com uma trégua temporária na guerra comercial. O acordo estabelece a redução mútua de tarifas sobre importações durante o período de 90 dias, com vigência até 14 de maio.

      De acordo com o acerto, a China reduzirá suas tarifas sobre produtos americanos de 125% para 10%, enquanto os Estados Unidos diminuirão as tarifas aplicadas a produtos chineses de 145% para 30%. A medida foi bem recebida pelos mercados financeiros: as Bolsas americanas registraram alta no pré-mercado, e o dólar se valorizou diante do novo cenário de distensão comercial.

      A movimentação sinaliza um esforço para diminuir as tensões que se intensificaram desde o início do governo de Donald Trump e que culminaram em uma escalada tarifária a partir de abril.

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