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      Petrobras se prepara para perfurar na Margem Equatorial, mas Ibama adia simulação obrigatória

      Enquanto navio-sonda finaliza limpeza de corais e aguarda licença, resistência técnica do Ibama adia início da perfuração na costa do Amapá

      Fachada de prédio da Petrobras no Rio de Janeiro 04/2025 (Foto: Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – A Petrobras está prestes a concluir os preparativos logísticos para iniciar a exploração de petróleo na chamada Margem Equatorial, mais precisamente na Bacia da Foz do Amazonas, ao largo da costa do Amapá. Segundo reportagem da agência Reuters, assinada por Rodrigo Viga Gaier e Fabio Teixeira, o navio-sonda da estatal, atualmente no Rio de Janeiro, estará pronto para se deslocar à região até o final deste mês, em águas ultraprofundas, após a finalização da limpeza de corais no casco da embarcação.

      A movimentação acontece em paralelo a uma corrida contra o tempo: a empresa ainda não recebeu a licença de perfuração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que exige uma simulação como etapa final do processo de avaliação pré-operacional (APO). Embora o órgão ambiental tenha aprovado nesta semana o conceito do plano de emergência da Petrobras — voltado ao resgate da fauna em caso de derramamento de óleo —, o simulado ainda não tem data definida.

      Fontes ouvidas pela Reuters revelaram que o Ibama considera "difícil" que a simulação ocorra ainda em junho, uma vez que dependeria da realocação de pessoal para as atividades. Em nota enviada à agência, o órgão confirmou que "dará início ao planejamento para execução das atividades relacionadas à realização da Avaliação Pré-Operacional (APO)", mas afirmou que ainda "não é possível informar a data de realização da APO".

      A resistência da equipe técnica do Ibama ao plano da estatal permanece. Em fevereiro deste ano, o corpo técnico do instituto assinou documento criticando o plano de resgate da fauna apresentado pela Petrobras, considerando-o de "remota possibilidade" de sucesso. A região é considerada sensível do ponto de vista ambiental, por abrigar vastos recifes de corais e comunidades indígenas costeiras.

      O ime entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental não é novo. Em 2023, o Ibama negou o pedido da Petrobras para iniciar a perfuração na região. A empresa recorreu da decisão, o que acirrou divergências dentro do próprio governo do presidente Lula, dividindo integrantes pró-ambientalistas e defensores da ampliação da exploração de petróleo e gás.

      Caso obtenha o aval necessário, o navio-sonda levaria entre 20 e 30 dias para se deslocar do Rio de Janeiro até a área de operação no Amapá. Segundo estimativas internas da Petrobras, a simulação poderia ocorrer até o final de junho, viabilizando a obtenção da licença e o início das perfurações.

      Procurada pela Reuters, a Petrobras não se manifestou até a publicação da matéria.

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