Recuperação judicial: ações da Azul desabam e chegam a ficar abaixo de R$ 1
Na abertura do pregão na B3, os papéis preferenciais da empresa (AZUL4) chegaram a cair cerca de 12%, sendo negociados abaixo de R$ 1,00
247 - As ações da Azul Linhas Aéreas registraram forte queda na manhã desta quarta-feira (28), logo após a companhia anunciar que entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. A informação foi divulgada pela CNN Brasil.
Na abertura do pregão na B3, os papéis preferenciais da empresa (AZUL4) chegaram a cair cerca de 12%, sendo negociados abaixo de R$ 1,00 — patamar simbólico que sinaliza grande desconfiança do mercado. Pouco tempo depois, as perdas foram parcialmente reduzidas, e por volta das 10h45, os ativos recuavam 1,87%, cotados a R$ 1,05.
O movimento é um reflexo direto da preocupação dos investidores quanto à saúde financeira da Azul. O pedido feito à Justiça americana sugere que a empresa está em busca de proteção contra credores enquanto tenta reorganizar sua estrutura de dívidas no exterior — um sinal de que a situação pode ser mais delicada do que o informado anteriormente.
A utilização da legislação dos Estados Unidos por empresas brasileiras, especialmente do chamado “Capítulo 15”, é um caminho jurídico usado para assegurar que processos de reestruturação em curso no Brasil também sejam reconhecidos internacionalmente, protegendo ativos da companhia em outros países.
A queda expressiva dos papéis reacende discussões sobre a fragilidade do setor aéreo no Brasil, que ainda sente os efeitos da pandemia e enfrenta custos elevados, como combustível e câmbio. A Azul já vinha reportando prejuízos trimestrais, e o anúncio de hoje gera dúvidas sobre a continuidade de suas operações sem ajustes significativos.
O mercado segue atento aos próximos os da companhia, que deverá detalhar como pretende conduzir o processo de reestruturação e preservar suas operações. O desempenho dos papéis nas próximas sessões dependerá da capacidade da empresa em apresentar soluções críveis para restaurar a confiança de acionistas e investidores.
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