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      Tarifaço de Trump vai reduzir crescimento da economia mundial

      UNCTAD prevê desaceleração para 2,3% em 2025 e responsabiliza guerra comercial entre Estados Unidos e China

      O presidente dos EUA, Donald Trump, faz comentários sobre tarifas no Rose Garden na Casa Branca em Washington, D.C., EUA, 2 de abril de 2025 (Foto: REUTERS/Carlos Barria)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – A economia mundial deverá crescer apenas 2,3% em 2025, segundo relatório divulgado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). A queda em relação aos 2,8% projetados para 2024 se deve, em grande parte, ao agravamento das tensões comerciais e à crescente instabilidade nas políticas econômicas globais. A informação foi publicada pela agência de notícias Xinhua.

      De acordo com o documento, o mundo caminha para uma “trajetória recessiva”, com a recuperação pós-pandemia travada por incertezas políticas e tarifárias. A UNCTAD destaca que os conflitos comerciais, especialmente entre as duas maiores economias do mundo — Estados Unidos e China —, têm impacto direto na confiança dos mercados, afetando investimentos, empregos e crescimento.

      O estopim dessa nova fase de instabilidade foi o anúncio, feito no início de abril pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de um pacote de tarifas de até 145% sobre produtos chineses. Em resposta, a China impôs tarifas de 125% sobre importações norte-americanas e substituiu seu negociador-chefe de comércio exterior, sinalizando uma postura mais dura diante da escalada do conflito.

      Diante da nova conjuntura, a Organização Mundial do Comércio (OMC) revisou suas previsões e agora estima uma retração de 0,2% no comércio global em 2025 — uma reversão preocupante frente à expectativa anterior de crescimento de 3%. A OMC advertiu que um rompimento completo das cadeias produtivas entre Estados Unidos e China pode provocar uma perda de até 7% no PIB global no longo prazo.

      A UNCTAD também expressou preocupação com os impactos da desaceleração nos países em desenvolvimento, particularmente os mais pobres e vulneráveis, que tendem a ser os mais afetados por choques externos. Por outro lado, o relatório destaca o fortalecimento do comércio entre nações do Sul Global como um fator de resiliência: atualmente, o intercâmbio Sul-Sul representa cerca de um terço do comércio mundial.

      Diante da situação, a China convocou uma reunião informal do Conselho de Segurança da ONU para o dia 23 de abril, com o objetivo de denunciar as medidas unilaterais dos Estados Unidos. Pequim classificou as ações do governo norte-americano como “intimidadoras” e contrárias às regras do comércio internacional.

      Em meio à instabilidade, a Índia aparece como exceção positiva, com expectativa de crescimento de 6,5% no próximo ano, impulsionada por políticas fiscais expansionistas e redução das taxas de juros. A UNCTAD defende que os Estados Unidos isentem as economias mais pobres das novas tarifas, alegando que sua contribuição para o déficit comercial norte-americano é irrelevante.

      O relatório conclui com um alerta: a persistência da guerra tarifária entre as potências e a ausência de cooperação econômica internacional podem empurrar o mundo para uma recessão mais profunda e prolongada.

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