window.dataLayer = window.dataLayer || []; window.dataLayer.push({ 'event': 'author_view', 'author': 'Luis Mauro Filho', 'page_url': '/economia/zona-do-euro-cresce-mais-do-que-o-previsto-no-1-tri-antes-do-impacto-da-guerra-comercial' });
TV 247 logo
      HOME > Economia

      Zona do euro cresce mais do que o previsto no 1º tri antes do impacto da guerra comercial

      Bloco supera expectativas no início do ano, mas guerra comercial com os EUA e crise de confiança ameaçam frear a recuperação

      Bandeiras da União Europeia na sede da Comissão Europeia em Bruxelas - 08/11/2023 (Foto: REUTERS/Yves Herman/File Photo)
      Luis Mauro Filho avatar
      Conteúdo postado por:

      Por Balazs Koranyi

      FRANKFURT (Reuters) - A economia da zona do euro cresceu mais rápido do que o esperado no primeiro trimestre, começando 2025 com um leve tom positivo antes que a guerra comercial com os Estados Unidos, uma moeda em alta e a deterioração da confiança empresarial a enfraqueçam, mostraram dados nesta quarta-feira (30).

      A zona do euro quase não cresceu nos últimos anos, uma vez que as empresas seguraram os investimentos e as famílias tentaram reconstruir a poupança perdida devido à inflação alta, colocando a Europa em desvantagem mesmo antes da mais recente escalada nas tensões comerciais.

      Embora 2025 tenha sido visto há muito tempo como um ano decisivo sua recuperação gradual, a perspectiva mudou no "Dia da Libertação" do presidente dos EUA, Donald Trump, e as autoridades alertam que já foram causados danos permanentes à economia global, mesmo que haja uma eventual resolução das tensões.

      As 20 nações que compartilham o euro viram sua economia expandir 0,4% no primeiro trimestre, superando as expectativas de 0,2%, impulsionada pelo rápido crescimento da Espanha, informou a Eurostat.

      Entretanto, a tendência subjacente foi significativamente mais fraca, uma vez que os dados foram distorcidos por uma expansão de 3,2% na Irlanda, impulsionada em grande parte pela atividade de grandes empresas estrangeiras sediadas no país por motivos fiscais.

      A Alemanha, a maior economia da Europa, cresceu apenas 0,2%, enquanto a França cresceu 0,1% e a Itália 0,3%, sugerindo que, excluindo a Irlanda, o bloco estava crescendo perto dos 0,2% esperados pelos economistas.

      Desde o final do trimestre, as perspectivas se tornaram significativamente mais sombrias.

      Algumas das maiores empresas da Europa, como a Volkswagen e a Mercedes-Benz, emitiram alertas nos últimos dias de que as tarifas pesarão sobre os lucros, atrasarão as vendas e poderão reduzir os investimentos.

      Enquanto isso, um importante indicador de confiança publicado na terça-feira mostrou forte queda, apagando qualquer expectativa de recuperação e colocando o indicador em uma tendência de queda após ter se mantido estável durante a maior parte de 2024.

      O Banco Central Europeu já afirmou que, além da guerra comercial, a turbulência do mercado financeiro desencadeada pelas políticas dos EUA e a deterioração geral do sentimento prejudicarão o crescimento.

      Porém, a expectativa era de que o bloco expandiria menos de 1% antes mesmo da bomba tarifária de Trump, o que sugere que qualquer outro grande dano o colocaria próximo de uma recessão.

      Entretanto, a maioria dos economistas e autoridades diz que os EUA devem sofrer um impacto maior do que outras economias, criando um incentivo para que o governo Trump reduza suas políticas.

      Embora o BCE tenha cortado as taxas de juros rapidamente para isolar o bloco e provavelmente volte a reduzi-las em junho, ele é relativamente impotente contra uma desaceleração tão ampla.

      O aumento dos gastos fiscais do novo governo alemão com defesa e infraestrutura deve ajudar, mas isso levará tempo para ser implementado, o que sugere que pouco ou nenhum impulso fiscal é provável neste ano.

      Um leve aspecto positivo das tensões comerciais é que os temores de inflação se dissiparam em grande parte. A queda dos preços da energia, o euro forte e o crescimento mais fraco provavelmente pressionarão os preços para baixo, dando ao BCE espaço para reduzir ainda mais os juros para apoiar a economia.

      No entanto, isso aumenta o risco de que a inflação comece a ficar abaixo da meta de 2% do BCE, principalmente se a China, em grande parte excluída dos mercados dos EUA, começar a despejar seus produtos excedentes em outras economias.

      (Reportagem de Balazs Koranyi)

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Cortes 247