Pequenos negócios puxam geração de empregos e ajudam a reduzir desigualdade no Brasil, aponta IBGE
Com alta na renda dos mais pobres e crescimento do emprego formal, país registra menor índice de desigualdade desde 2012, segundo o IBGE
247 - O fortalecimento dos micro e pequenos negócios tem sido um dos principais motores da redução da desigualdade no Brasil. Em 2024, essas empresas responderam por quase 60% das novas contratações formais no país, ajudando a elevar a renda das camadas mais pobres da população e a impulsionar a inclusão social. Os dados são de um levantamento do Sebrae com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O impacto dessa movimentação no mercado de trabalho se refletiu diretamente nos números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), o Brasil atingiu o menor nível de desigualdade de renda desde o início da série histórica, em 2012. O Índice de Gini caiu para 0,506 em 2024, abaixo dos 0,518 registrados em 2022 e 2023.
Esse avanço está relacionado, sobretudo, ao crescimento expressivo da renda dos 5% mais pobres, que tiveram aumento de 17,6% na renda per capita, enquanto a média nacional cresceu 4,7% e os 10% mais ricos viram suas receitas avançarem apenas 1,5%.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, os dados comprovam o papel estratégico dos pequenos empreendimentos na retomada econômica e na construção de um país mais justo. “As medidas do governo do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin têm contribuído para a redução da pobreza e da desigualdade no Brasil. Os dados do IBGE são um sinal de que estamos no caminho certo, e reafirmamos o nosso compromisso de apoiar os pequenos negócios, que são fundamentais para a geração de empregos, a geração de renda e a inclusão social”, afirma.
De acordo com o levantamento do Sebrae, no mês de março, as micro e pequenas empresas (MPE) foram responsáveis por quase 60% das contratações com carteira assinada. No acumulado do ano, essas empresas já responderam por 369.341 dos 654.503 empregos formais gerados no país — o equivalente a 56,4% do total.
A pesquisa do IBGE também aponta que a redução da desigualdade não se deve apenas aos programas de transferência de renda. A valorização do salário mínimo e a formalização do trabalho tiveram papel relevante, contribuindo para o aumento do rendimento médio, especialmente entre os trabalhadores de menor renda. Esse efeito positivo se estende também a benefícios como aposentadorias, pensões e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), diretamente impactados pela política de valorização do salário mínimo.
“Acreditamos que, com políticas públicas eficazes e o empreendedorismo como motor de desenvolvimento, podemos construir um Brasil mais justo e próspero para todos”, conclui Décio Lima.
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