Programa de intercâmbio internacional com foco em educação antirracista seleciona estudantes e professores
Programa Caminhos Amefricanos oferece intercâmbio a estudantes e professores negros e quilombolas para Angola, República Dominicana e Peru
247 - O Sebrae, em colaboração com o Ministério da Igualdade Racial, o Ministério da Educação e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), lançou o programa Caminhos Amefricanos: Programa de Intercâmbios Sul-Sul, com inscrições abertas até o dia 27 de fevereiro. A iniciativa busca proporcionar intercâmbios de formação acadêmica e de diálogo sobre racismo estrutural a estudantes e professores negros e quilombolas, com destinos em Angola, República Dominicana e Peru.
Nos intercâmbios que ocorrerão em Angola e na República Dominicana, serão selecionados 50 estudantes para cada país. Eles devem ser autodeclarados negros, pardos ou quilombolas, e estar matriculados a partir do 5º semestre de cursos de licenciatura em Instituições de Ensino Superior (IES) públicas. Durante o programa, os estudantes terão a oportunidade de participar de atividades formativas, como seminários e visitas a escolas, museus e outros pontos históricos. O intercâmbio em Angola será realizado em parceria com a Universidade Agostinho Neto, em Luanda, enquanto o programa na República Dominicana será realizado em conjunto com a Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO).
Além disso, o programa inclui uma edição no Peru, onde 50 professores da educação básica, igualmente autodeclarados negros ou quilombolas, participarão de atividades formativas com a Universidad Nacional Mayor de San Marcos, em Lima. Embora as inscrições para o Peru já tenham sido encerradas, o foco da iniciativa é promover a troca de experiências e práticas educacionais que combatam o racismo e as desigualdades sociais. Para os selecionados, serão oferecidas visitas educativas a escolas e locais históricos da capital peruana.
Fau Ferreira, do Sebrae, ressaltou a importância da parceria Sul-Sul e o impacto do programa na construção de uma educação mais inclusiva. “Estamos compartilhando experiências valiosas com países-irmãos na África e nas Américas. Esta ação é um o importante para desenvolver uma educação cidadã que contribua para superar o racismo estrutural e as desigualdades, problemas graves das sociedades atuais”, afirmou.
Márcia Lima, Secretária de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo, destacou o papel transformador da iniciativa. “Estamos orgulhosos de anunciar mais três edições do programa, que formarão estudantes e professores negros. Eles atuarão como multiplicadores de uma educação antirracista construída por meio do diálogo com países africanos, latino-americanos e caribenhos”, afirmou.
As inscrições podem ser feitas no Portal da CAPES, onde estão disponíveis todas as informações detalhadas sobre o processo seletivo.
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