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      “A soberania do Supremo está sob ataque”, diz Eduardo Appio

      Juiz Eduardo Appio denuncia pressões internacionais contra o STF e alerta para manipulação da realidade pelas redes sociais

      (Foto: Eduardo Appio (Foto: Divulgação/JF-PR))
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      247 - O juiz Eduardo Appio fez uma análise crítica sobre os desafios enfrentados pelo Brasil diante da crescente influência das redes sociais na política, das pressões internacionais sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) e das consequências econômicas da Operação Lava Jato. Em entrevista ao programa Boa Noite 247, Appio abordou temas centrais para a compreensão da conjuntura política e institucional do país, enfatizando o papel do STF como garantidor da soberania nacional e denunciando as tentativas de enfraquecimento das instituições democráticas.

      O juiz destacou que a confusão entre o mundo real e o mundo virtual tem sido um fator explorado por atores políticos globais, permitindo a manipulação da opinião pública e a desestabilização das democracias. "As fronteiras hoje são virtuais. Todos estão conectados, mas essa hiperconectividade tem levado à alienação da realidade local", afirmou. Segundo Appio, essa dinâmica tem sido instrumentalizada por figuras como Elon Musk, Donald Trump e Jair Bolsonaro, que se valem da desinformação e das redes sociais para influenciar o debate público, muitas vezes em detrimento dos Estados nacionais.

      Ao tratar das ameaças contra o STF, Appio ressaltou que os ministros da Corte são alvo de ataques sistemáticos que vão além da política interna brasileira. Para ele, essas ofensivas fazem parte de uma estratégia global que busca desestabilizar instituições democráticas e minar a soberania dos países. "O Departamento de Estado dos EUA tenta influenciar decisões do Supremo, o que é um atentado à autonomia do Poder Judiciário brasileiro", denunciou. Diante desse cenário, ele defendeu uma articulação entre o STF e cortes constitucionais europeias para fortalecer a resposta institucional contra ameaças externas e discutir a regulação das redes sociais em âmbito internacional.

      Appio também abordou as consequências econômicas da Lava Jato, destacando o impacto negativo da operação sobre grandes empresas brasileiras e a geração de empregos. Segundo ele, o desmonte de conglomerados como a Odebrecht e a Camargo Corrêa teve efeitos devastadores, resultando na destruição de milhares de postos de trabalho. "Sérgio Moro e Deltan Dallagnol quebraram a economia brasileira, destruíram 300 mil empregos apenas na Odebrecht para atender a interesses estrangeiros", afirmou, ressaltando que a intervenção de potências externas na operação deve ser amplamente investigada.

      O magistrado também criticou a utilização de recursos públicos por parlamentares para fins pessoais, especialmente no caso de viagens internacionais. Para ele, essas práticas precisam ser alvo de maior fiscalização, pois podem configurar improbidade istrativa. "Se está atendendo a uma finalidade privada e contra os interesses do país, está sujeito a ação judicial", alertou.

      Ao comentar a tentativa de golpe de 8 de janeiro, Appio elogiou a atuação da Procuradoria-Geral da República e a classificação jurídica dos fatos, considerando a aceitação das denúncias inevitável pelo princípio do in dubio pro societate. Segundo ele, os atos contra o STF e outras instituições demonstram que o Brasil está sob ataque há anos, com o Judiciário sendo alvo prioritário de pressões e investidas de grupos políticos nacionais e estrangeiros. "Isso é quase como uma declaração de guerra", advertiu, destacando que o governo brasileiro deve agir com estratégia para evitar "cair em emboscadas".

      O juiz ainda criticou a atuação de figuras públicas que, segundo ele, trabalham contra os interesses do próprio país. "O pior cativo é aquele que se voluntaria para essa função. Triste, né? Ser mordomo de luxo é reprovável do ponto de vista moral, histórico e político", afirmou.

      Por fim, Appio reafirmou a importância de se preservar a soberania nacional e reforçou que, apesar da influência crescente das redes sociais, a realidade concreta deve prevalecer. "No mundo real, quem decide é o Supremo Tribunal Federal. No mundo real, o presidente eleito é Luiz Inácio Lula da Silva. E isso não vai mudar no mundo virtual". Assista:

       

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