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      Breno Altman: “Papa Francisco foi um sopro progressista no Vaticano”

      Jornalista analisa o legado reformista de Francisco, sua influência global e as disputas internas pela sucessão diante da pressão conservadora

      (Foto: Divulgação | REUTERS/Yara Nardi)
      Dafne Ashton avatar
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      247 – Em participação no programa Bom Dia 247, o jornalista e analista político Breno Altman destacou a importância histórica do Papa Francisco, apontando-o como "provavelmente, o Papa mais progressista da história". Para Altman, Francisco representou uma ruptura com o longo ciclo conservador que marcou o Vaticano nas décadas anteriores, especialmente sob João Paulo II e Bento XVI.

      “Ele reposicionou a Igreja Católica. Com os mandatos anteriores, a Teologia da Libertação havia sido praticamente destruída. Francisco foi um frescor, um sopro de renovação que partiu de cima para baixo, enfrentando resistência de setores mais conservadores da própria Igreja”, disse Altman.

      Para Breno, a comparação com João XXIII e o Concílio Vaticano II foi inevitável. Naquele período a renovação veio "de baixo para cima", com movimentos populares e eclesiais puxando mudanças, no pontificado de Francisco ela se deu no sentido oposto: “A renovação partia dele, enquanto a resistência se encontrava nos cardeais e bispos nomeados pelos seus antecessores”.

      Sobre a sucessão papal, que deve acontecer nas próximas semanas, Altman lembra que 80% dos cardeais com direito a voto no próximo conclave foram indicados por Francisco, muitos deles vindos de fora da Europa – da América Latina, África e Ásia. No entanto, pondera que isso não garante continuidade do projeto progressista: “Essa história de que alguém tem controle sobre os indicados, a gente sabe que não funciona assim.”

      Além da questão interna da Igreja, o legado do Papa Francisco se estende ao cenário internacional. Breno destacou três grandes eixos de sua atuação política: A crítica moral ao capitalismo, mantendo-se fiel à doutrina social da Igreja, mas retomando um tom crítico interrompido desde João Paulo II; a solidariedade ativa à causa palestina, sendo o primeiro Papa a se pronunciar de forma aberta sobre os crimes cometidos por Israel contra o povo palestino; a defesa dos imigrantes, com gestos simbólicos como sua visita a Lampedusa logo no início do pontificado.

      “Francisco também teve coragem de enfrentar temas difíceis dentro da própria Igreja, como a presença de mulheres em postos importantes, o acolhimento da comunidade LGBTQIA+, e o combate à desigualdade global, defendido inclusive em encontros com lideranças como o presidente Lula”, lembrou Altman.

      Para Altman, Francisco teve um papel político relevante na campanha pela libertação de Lula e no apoio a movimentos sociais como o MST. “Ele deixa um legado de esperança, diálogo e justiça social, como bem sintetizou o senador Paulo Paim”, concluiu Altman. Assista: 

       

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