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      "O Ministério da Previdência está em dívida com o governo e com a classe trabalhadora", diz Pomar

      Valter Pomar afirma que demora de Carlos Lupi em agir sobre fraudes no INSS gerou prejuízo político e desvio do foco sobre contrarreformas da Previdência

      (Foto: ABR | Brasil247)
      Dafne Ashton avatar
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      247 - Em entrevista ao programa Contramola, exibido pela TV 247, o historiador e dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT), Valter Pomar, criticou a atuação do ministro da Previdência, Carlos Lupi, diante do esquema de fraudes no INSS iniciado ainda no governo Jair Bolsonaro. Segundo ele, além dos danos financeiros aos beneficiários, a omissão do ministério gerou um “estrago político imenso”, intensificado pela demora na resposta governamental.

      “Ele [Lupi], ao não tomar as atitudes com a velocidade necessária, deixou a coisa se acumular, vir pro colo do nosso governo e, ademais, alimenta essa narrativa que desvia o nosso olhar daquilo que é o principal”, afirmou Pomar.

      De acordo com o dirigente petista, a situação se agrava pelo fato de que o ministro foi alertado oficialmente, em junho de 2023, sobre irregularidades em convênios que permitiam descontos indevidos nas aposentadorias. “Desde então ele tinha a obrigação de aceleradamente tomar todas as medidas”, disse. “O fato é que se aram doze meses. A velocidade com que ele agiu não foi a adequada.”

      Pomar alertou que as investigações da Polícia Federal não devem desviar a atenção dos problemas estruturais da Previdência Social, como os baixos valores das aposentadorias, a longa fila para concessão de benefícios e a necessidade de revogação das reformas aprovadas após o impeachment de Dilma Rousseff. “Esses são os problemas que se esperava que o governo e o ministro Carlos Lupi tivessem resolvido, e até o momento não o fizeram.”

      Segundo ele, a condução política equivocada acaba favorecendo uma narrativa que responsabiliza o Estado, apesar de as fraudes serem herança do governo anterior. “A mídia corporativa pega esses escândalos para alimentar a ideia de que o problema é o Estado, o problema é o INSS. Quando, na verdade, o problema não é esse. Isso é a solução”, declarou.

      Sobre a resistência do PDT à eventual demissão de Lupi, Pomar ressaltou que cabe exclusivamente ao presidente da República decidir sobre a permanência ou substituição de ministros. “O ministro tem que cumprir o seu dever. Se ele não cumprir, o presidente tem o direito de substituir a equipe. O preço a pagar por isso quem melhor pode fazer o peso e com base nisso decidir é o próprio presidente.”

      O historiador também fez críticas ao modelo atual de composição do governo, no qual partidos aliados controlam integralmente os ministérios, sem a presença de representantes do núcleo político do presidente. Para ele, esse arranjo compromete a governabilidade. “O governo está naturalizando a ideia de que vivemos sob um sistema parlamentarista. É como se o Lula não fosse o presidente da República, mas sim um primeiro-ministro”, alertou.

      Encerrando sua análise, Pomar defendeu que a Presidência da República deve exercer controle direto sobre a formulação e execução das políticas públicas. “É preciso reafirmar a ideia de que o Lula é o chefe de Estado e o chefe de governo e que, portanto, a composição dos ministérios e do governo como um todo é prerrogativa do presidente, e não dos partidos da coalizão.” Assista: 

       

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