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      Rui Falcão defende fortalecimento das bases do PT e critica submissão ao Planalto

      Deputado afirma que partido precisa reafirmar identidade histórica e adotar posição independente em relação ao governo

      Rui Falcão (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Em entrevista ao programa Forças do Brasil, conduzido pelo jornalista Mario Vitor Santos, da TV 247, o deputado federal Rui Falcão (PT-SP) defendeu a necessidade de o Partido dos Trabalhadores resgatar seus valores fundadores, fortalecer sua base militante e manter independência em relação ao governo do presidente Lula. A entrevista foi gravada na sexta-feira, 25 de abril de 2025, e exibida no sábado seguinte.

      Durante a conversa, Falcão explicou os motivos que o levaram a lançar sua candidatura à presidência nacional do PT pela corrente Novo Rumo. Ele contestou a apresentação como “candidato alternativo” e destacou o apoio de figuras históricas do partido, como José Genoino e Olívio Dutra, além da militância de base. “Não me considero candidato alternativo, me considero um candidato que tem posições políticas, que as defende e que não está aí só para marcar posição, está aí para disputar”, afirmou.

      Reafirmação de princípios e crítica ao capitalismo

      Falcão enfatizou que sua candidatura busca restabelecer a identidade histórica do PT, lembrando que o partido não surgiu apenas para disputar eleições, mas para promover transformações profundas na sociedade. Segundo ele, o slogan da campanha de Lula — "união, reconstrução e transformação" — precisa ser levado a sério, com a transformação social ganhando centralidade.

      “Alterar a correlação de forças significa criticar o capitalismo”, declarou. O deputado defendeu a necessidade de o partido combater a concentração de renda, a exclusão social e a tutela militar ainda prevista no artigo 142 da Constituição.

      Falcão também defendeu pautas progressistas, como a redução da jornada de trabalho para quatro dias, como já ocorre em países europeus, e criticou a perda de força da atuação social do PT: “O partido se transformou num partido de mandatos e governos, com viés exclusivamente institucionalista”.

      Relação com o governo Lula: apoio com autonomia

      Embora reafirme seu apoio à reeleição do presidente Lula em 2026, Rui Falcão alertou para os riscos da fusão entre partido e governo. Segundo ele, é preciso resgatar a autonomia partidária, fiscalizar o cumprimento do programa e manter o debate interno: “O PT não deve repetir o que diz o Planalto. O partido precisa ter seu próprio programa e autonomia para defender suas posições”.

      Falcão elogiou a resistência de Lula a ceder completamente à lógica de mercado, mas lamentou algumas concessões feitas pela equipe econômica liderada pelo ministro Fernando Haddad. “Entramos numa armadilha ao criar um novo teto de gastos, embora menos rigoroso que o anterior”, afirmou, ressaltando que críticas abertas e francas ajudam a corrigir rumos e fortalecer o projeto político.

      Alianças e fronteiras políticas

      O deputado criticou a ideia de ampliar a base de apoio do governo com setores bolsonaristas. Para ele, alianças eleitorais devem ser feitas com princípios e não a qualquer custo: “O PT não faz aliança sem princípio”. Sobre a recente crise envolvendo ministros da União Brasil, Falcão avaliou que a ampliação ministerial para setores conservadores é um “alto risco” para o governo.

      Falcão também criticou a decisão do governo brasileiro de vetar a entrada da Venezuela nos BRICS, classificando a posição como equivocada: “Se o critério fosse a democracia, não teríamos aceitado a Arábia Saudita. É preciso defender a autodeterminação dos povos e manter a tradição diplomática brasileira de solidariedade às nações oprimidas”.

      Ao final da entrevista, Rui Falcão reforçou a necessidade de o PT voltar a ser um partido que “encanta, que envolve sonhos, que projeta o futuro de uma outra civilização”. Segundo ele, reconquistar a juventude e reconstruir as bases sociais são tarefas fundamentais para garantir a continuidade do projeto político iniciado por Lula e pelo partido. “Com a base construir a esperança”, sintetizou. Assista:

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