Ancelotti acerta rescisão com o Real Madrid e se aproxima da seleção brasileira

247 - O técnico Carlo Ancelotti e o Real Madrid chegaram a um acordo verbal para a rescisão antecipada do contrato, segundo reportagem publicada pelo site The Athletic, braço esportivo do The New York Times. A decisão abre espaço para que o treinador italiano de 65 anos assuma o comando da seleção brasileira, desejo antigo da CBF.

Ainda segundo o portal norte-americano, restam apenas detalhes financeiros para que a saída de Ancelotti seja oficializada. O técnico renovou com o Real em dezembro de 2023, estendendo seu vínculo até o fim da temporada 2025/26. No entanto, o clube espanhol e o treinador optaram por encerrar a parceria ao final da atual temporada europeia. A expectativa é de que o anúncio oficial da saída ocorra após o clássico contra o Barcelona, marcado para o próximo domingo, 11 de maio.

Considerado o “plano A” da Confederação Brasileira de Futebol desde 2022, Ancelotti protagonizou uma longa novela de idas e vindas, que por duas vezes frustrou os planos de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF. O contrato com a seleção brasileira estava encaminhado para ser assinado ainda em abril, após reuniões com representantes da entidade em Londres. No entanto, as conversas esfriaram temporariamente, à espera de uma definição com o clube espanhol.

Com a rescisão iminente, Ancelotti deve ser oficializado como técnico da seleção brasileira nos próximos dias e é esperado para assumir já nos jogos de junho pelas Eliminatórias Sul-Americanas. O Brasil enfrentará o Equador no dia 5, fora de casa, e o Paraguai no dia 10, em solo brasileiro. A expectativa é de que o vínculo com a CBF vá até o fim da Copa do Mundo de 2026.

Além da proposta brasileira, o treinador recebeu sondagens de clubes da Arábia Saudita e chegou a ser cogitado para assumir um cargo diretivo no próprio Real Madrid, onde é o técnico mais vitorioso da história, com 15 títulos conquistados. Ainda assim, o desafio de liderar a seleção canarinho falou mais alto.

Com a saída de Dorival Júnior em março e a indefinição sobre Jorge Jesus — outro nome cogitado pela CBF — o caminho ficou livre para Ancelotti, que deve desembarcar com o respaldo de um currículo de peso e a missão de recolocar o Brasil entre os favoritos ao título mundial.