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      Imprensa chinesa reage ao histórico título de Calderano: "perdemos, mas devemos agradecer"

      Jornalistas destacam "maior zebra da história" e o potencial que o resultado tem para criar nova geração de competidores brasileiros. Confira repercussões

      Lin Shidong, Hugo Calderano, Wang Chuqin e Liang Jingkun no pódio da Copa do Mundo de Tênis de Mesa 2025, realizada em Macau (Foto: ITTF)
      Guilherme Paladino avatar
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      Por Guilherme Paladino, de Luoyang (China), para o 247 - Assim como Hugo Calderano é craque no tênis de mesa, praticamente todos no Brasil já estão craques em ler notícias relacionadas ao histórico título do carioca na Copa do Mundo da modalidade neste domingo (21). Além disso, também já ganhou suficiente destaque o fato de a conquista ter ocorrido em Macau, na China – justamente o país do ping pong.

      No entanto, ainda é pertinente a curiosidade: "como é que os chineses estão repercutindo tal impactante derrota"> if (googletag && googletag.apiReady) { googletag.cmd.push(() => { googletag.display(id); }); }

      "No Brasil, o país do futebol, o sonho da maioria das crianças é se tornar um astro dos gramados como Pelé ou Ronaldo. No entanto, um menino escolheu um caminho completamente diferente: Hugo Calderano. Ele abriu mão do popular futebol e mergulhou no mundo relativamente de nicho do tênis de mesa no Brasil — e ainda escolheu a categoria de maior concorrência: o individual masculino. Hoje, com esforço e persistência, ele escreveu uma trajetória surpreendente", diz o primeiro parágrafo do texto.

      A reportagem traz um resumo da trajetória do agora campeão mundial, destacando os constantes encontros com a China ao longo de sua carreira e também as dificuldades para brasileiros se desenvolverem neste esporte tão nichado nas Américas.

      "Hugo Calderano nasceu em uma família comum no Brasil. Aos 8 anos, entrou em contato com o tênis de mesa por acaso e, desde então, se apaixonou profundamente pela modalidade. Naquela época, o tênis de mesa no Brasil estava longe de ter a popularidade do futebol — os recursos de treinamento eram escassos, e bons treinadores, raros —, mas essas dificuldades não abalaram o amor de Hugo pelo esporte. Ele treinava com afinco todos os dias, ando horas seguidas em mesas simples, aprimorando incansavelmente sua técnica", relata outro trecho.
      hugo-calderano
      Hugo Calderano(Photo: ITTF)ITTF

      "Fazendo história nas Américas"

      A raridade dos bons exemplos da modalidade no continente americano também foi explorada pelo Benliu News (奔流新闻), de Lanzhou, Província de Gansu (Noroeste da China). "O famoso jogador brasileiro Hugo Calderano venceu nas quartas de final, semifinal e final os atuais número 3 do mundo, Tomokazu Harimoto; número 2, Wang Chuqin; e número 1, Lin Shidong, conquistando o primeiro título mundial de sua carreira e fazendo história para o tênis de mesa das Américas", afirmou o portal.

      No texto em questão, também foram destacadas as declarações tanto de Calderano como de Shidong antes da final, com ambos demonstrando empolgação pela chance de se enfrentarem.

      Um comentário de um internauta chinês na notícia também reconheceu o mérito do brasileiro: "Hugo derrotou três campeões consecutivos para conquistar o título — vitória mais que merecida; uma nova era do tênis de mesa nas Américas se inicia! O jovem Lin Shidong tem um futuro promissor — que venha o próximo grande duelo!"

      "Calderano superou o vale da morte"

      Saindo dos veículos de notícias gerais, o registro especializado do Yùndòng Bāng (运动帮 - Clube do Esporte, em tradução livre) avaliou que "o sorteio de Hugo Calderano nesta edição foi, sem exagero, uma entrada no vale da morte".

      "Para ser campeão, conforme as previsões, ele teria de vencer os três primeiros colocados do ranking mundial — algo quase impossível. Mas ele fez exatamente isso. No caminho, enfrentou os três melhores do mundo e venceu todos! Na fase de grupos e nas oitavas de final, ele eliminou os japoneses Yukiya Uda e Daitō Shinozuka, e nas três partidas seguintes derrotou os três principais do ranking: Tomokazu Harimoto (4 a 1), Wang Chuqin (4 a 3) e Lin Shidong (4 a 1). Um desempenho assim não pode ser atribuído apenas à sorte — especialmente as últimas três partidas, que foram verdadeiros clássicos", diz o portal online.

      O texto segue seu relato enfatizando que o brasileiro "escreveu uma página brilhante da história" e "se tornou celebridade no Brasil da noite para o dia."

      "Pode parecer mágico ou inacreditável, mas quando Hugo se jogou no chão após vencer Lin Shidong, emocionado, ele mostrou ao povo brasileiro e ao mundo todo: isso realmente aconteceu. Esta vitória é o ponto alto da carreira de Hugo até aqui, e também um enorme estímulo para outros jogadores estrangeiros, encorajando mais atletas da América do Sul, África e Europa a se dedicarem ao tênis de mesa. Isso tem um grande significado para a globalização do esporte. E, claro, serve como alerta importante para o time masculino da China: será que o ouro olímpico masculino em Los Angeles está mesmo garantido? E quem poderá conquistá-lo"> if (googletag && googletag.apiReady) { googletag.cmd.push(() => { googletag.display(id); }); }

      "Estilo de jogo desafiador"

      Por fim, abrindo uma exceção para uma reportagem em inglês, o Global Times - um dos principais veículos de notícias da China voltados ao público estrangeiro - optou por dar um tom mais sóbrio à cobertura da derrota chinesa.

      "Na final do individual masculino, Lin Shidong caiu diante do brasileiro Hugo Calderano por 4 sets a 1, que entregou uma forte performance contra uma das jovens promessas da China", resumiu o portal.

      A reportagem do Global Times também entrevistou o comentarista esportivo Wang Dazhao, de Beijing, que analisou que "Hugo é sempre um oponente duro para os jogadores chineses. Seu estilo é não convencional [unorthodox] e difícil de ler".

      Apesar da derrota, o orgulho do ping pong chinês ainda segue vivo na análise de Wang, que prefere ver uma oportunidade de amadurecimento - e não de caos - após o revés contra o carioca: "todo país quer aquele momento de superação contra a China, mas mesmo no nosso momento mais fraco, não há ninguém que possa desafiar a China de forma abrangente. Ter competidores que nos pressionem é o que mantém o esporte vivo. Sem essa pressão, não há crescimento."

      Todos os textos em chinês foram traduzidos com auxílio do ChatGPT e do DeepSeek, utilizando prompts que pediam "a tradução mais fiel possível", sem adaptações de estilo. Além disso, alguns dos trechos selecionados também foram conferidos com uma jornalista chinesa fluente em português.

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