Erika Hilton processará narrador da Band por comentários transfóbicos nas redes sociais
Deputada federal busca responsabilização judicial após ofensas; narrador nega autoria das publicações
247 - A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) anunciou na noite desta quarta-feira (26) que tomará medidas legais contra o narrador da Band, Sérgio Maurício, devido a comentários transfóbicos direcionados a ela em uma conta atribuída ao profissional. Maurício nega ser o autor das publicações ofensivas. As informações são do portal Notícias da TV.
Em suas redes sociais, Erika Hilton declarou que o caso já está sob a análise de seus advogados. "Eu e meus advogados estamos plenamente cientes do ataque transfóbico cometido contra mim, neste domingo, pelo narrador da Fórmula 1, Sérgio Maurício, afastado hoje da Band", afirmou a deputada. Ela enfatizou que a transfobia é crime no Brasil e que buscará justiça para que "pessoas que atacam a nossa dignidade respondam criminalmente".
O incidente teve início quando um perfil no X (antigo Twitter), supostamente pertencente a Sérgio Maurício, respondeu a uma publicação que criticava Erika Hilton, referindo-se a ela como "uma verdadeira fake news humana" e utilizando o termo "coisa" para descrevê-la. Após a repercussão negativa, a conta foi desativada. Maurício, no entanto, nega a autoria das ofensas, alegando que o perfil não lhe pertence e que "não é a primeira vez que pessoas de forma maliciosa criam perfis falsos ou reproduzem falas inverídicas usando a minha imagem". Ele afirmou ainda que tomará as medidas judiciais cabíveis contra os responsáveis pela criação do perfil falso.
A Band, emissora para a qual Sérgio Maurício trabalha como narrador de Fórmula 1, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Entretanto, informações indicam que o narrador foi afastado das próximas transmissões da categoria. Erika Hilton comentou a decisão: "Vejo sim, com bons olhos, a decisão da Band de afastá-lo. Mas o que me interessa é que pessoas que atacam a nossa dignidade respondam criminalmente".
A deputada também destacou a importância de combater a violência contra minorias políticas e reforçou que, no Brasil, discursos de ódio e LGBTfobia não devem ser tolerados. "Permitir que a violência contra uma minoria política se torne banal hoje é permitir que a violência contra todas as minorias se banalize amanhã", afirmou. Ela ressaltou que, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), a homotransfobia é equiparada ao crime de racismo, sendo inafiançável e imprescritível.
O caso segue em investigação, e a deputada aguarda que as medidas judiciais sejam aplicadas para responsabilizar os envolvidos nas ofensas transfóbicas.
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